VIII. Seja da Lufa-Lufa

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  É assustador que a agonia em seu âmago juntamente de uma perturbação avassaladora na mente, sejam um enorme obstáculo a se considerar para uma respiração funcional. E sério, estava difícil respirar.

  Quando o mais alto encerrara sua condição para que não contasse sobre mim a um superior, minhas mãos se soltaram do aperto nervoso. Fiquei dividida em saber se preferia sofrer uma punição por minha desobediência, ou contar a um estranho sobre o que me tirava o juízo e... como pensei num plano — Criativo e... efetivo, talvez — para alcançar meu objetivo, me poupando da tempestade que certamente preencheria as nobres mansões no momento que soubessem de minha seleção.

          — Pois bem... o que vai ser, Amber?

  Diggory perguntou novamente e eu finalmente foquei nele.

          — Se... se eu te contar, não vai me entregar para nenhum professor... ou o zelador! — Perguntei deixando claro minhas condições nesse acordo.

          — Certo, mas vou ter que me esforçar para contatar o Ministério da Magia. — O castanho continuou divertido enquanto levava a mãos a uns fios de cabelo próximo a nuca.

  Eu me alarmei.

          — A ninguém! Não pode dizer a ninguém! É sério... 

  Era difícil ordenar a sequência de letras que deveria pronunciar, no fim.. meu pedido saiu baixo, confinado a uma derrota iminente.

  Cedric Diggory mudou um pouco a postura. Endireitou os ombros e abandou aquele riso que adornava seu rosto desde que me vira.

          — Vamos.

  Fiquei completamente confusa e não me movi. Mesmo quando o acastanhado se virou e deu seus primeiros passos, foi quase como se estivesse plantada naquele concreto gasto.

          — Vamos? Não espera que eu te siga assim de repente, ou... espera? — Minha contestação carregava incredulidade e minhas sobrancelhas não deixaram de se franzir desde que Diggory tinha começado a falar.

          — Para que eu cumpra sua condição e ninguém saiba do que quer que você estivesse pensando nessa sua pequena cabecinha, o ideal é não estarmos zanzando no meio da escola, principalmente em frente à sala do professor Dumbledore.

  Ok. Ele tinha certa razão.

          — É que... onde pretende ir? 

  Um timbre de medo não deve ter passado despercebido pois Diggory se virou rápido, quase ofendido ou assustado. Mas não demorou em suavizar a expressão e se aproximar uns dois passos.

          — Vamos a nossa sala comunal. 

  Sua. Certamente, sua, sala comunal.

  Eu acenei que sim com a cabeça, devagar e duradouro.

  Diggory, embora insistente e de sorriso fácil, não parecia ruim, então passei a segui-lo em silêncio.

  Diggory, embora insistente e de sorriso fácil, não parecia ruim, então passei a segui-lo em silêncio

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𝙍𝙚𝙡í𝙦𝙪𝙞𝙖𝙨 𝙙𝙖𝙨 𝘼𝙡𝙢𝙖𝙨 | draco malfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora