Traumas

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Rapidamente virei meu rosto para encarar Josie, ela parecia... Com raiva? Certo, aquilo era inédito. Caroline Forbes tinha acabado de descobrir que eu estava cravando meus dentes no pescoço de sua filha para me alimentar dela, a loira parecia furiosa com a nova descoberta e Josie não parecia feliz com as indagações da mãe. Lizzie permanecia calada, lembro-me da conversa que tivemos no bar, sobre tudo ser, por um lado, sexual. No entanto, Josie era humana e frágil, era errado, mas não consegui enxergar isso até Caroline estar me encarando como se eu fosse um monstro.

Odiava sentir-me culpada por algo, principalmente algo como isso, envolvendo a Josie. Nunca tive problemas com a diretora, com Caroline. Sempre nos relacionamos muito bem, eu guardava um carinho especial pela mulher, principalmente por saber que ela conhecia e tinha contato com minha família, que gostou muito do meu pai, que eram amigos e que antes ele forá apaixonado por ela, conhecer e conviver com Caroline era algo como conviver com uma parte da história do meu pai. No entanto, no momento, o jeito que ela me olhava... Estava fazendo com que eu me sentisse chateada comigo mesma e eu não queria me sentir assim.

- Não vão dizer nada? - Perguntou, com um olhar severo. Mesmo estando errada, não desviei o olhar do seu. Mantive a pose arrogante, afinal, sou uma Mikaelson.

- Mãe. - Josie quebrou o silêncio. - Sinto muito, mas não tem o direito de se meter nas minhas... Escolhas. - Falou, parecia ter procurado uma palavra adequada.

- E você acha isso certo? Fingir que Josie é sua comida? Você chega nela e diz "Oh, é hora do jantar, me de seu pescoço!" É assim que você faz? E se pudesse hipnotiza-lá? Teria usado isso? - Engoli em seco. Eu teria feito isso? Não. Nunca teria feito nada disso, não sem seu consentimento.

- Eu estou bem aqui, mas que droga! - Josie ralhou. Achava que nunca havia visto ela com tanta raiva. Seu coração estava acelerado e suas mãos fechadas e postas nas laterais de seu belo corpo. - Vocês agem como se eu fosse de vidro e você. - Olhou para mim, o que me fez ficar espantada que a conversa tenha tido essa reviravolta. - Está proibida de se culpar e de também achar que sou uma inútil! - Sua voz era alta e ela parecia realmente estar chateada com a forma que vem sendo tratada.

- Jô, ninguém disse que você é inútil. - Argumentei, eu não achava aquilo, longe de mim, Josie era uma das bruxas mais poderosas que eu já havia conhecido, desde criança, ela é tão inteligente e só uma bruxa tão poderosa poderia absorver tanta magia proibida e ainda controlá-la, Josie era incrível. Jamais poderia dizer que ela era inútil. - Sinto muito se nossas ações fizeram parecer isso. - Disse, realmente sentindo-me mal.

- Não precisaram falar com palavras, já mostram isso com atitudes. Não precisam ficar medindo suas ações, eu daria conta da droga de um vampiro. E mãe, eu escolhi isso, eu quero isso, é algo pessoal meu e da Hope, é um absurdo que se meta nisso ou que ao menos pergunte a forma que acontece, tenho certeza que não vai querer saber. - Aquilo deixou Caroline sem palavras.

Dessa forma, Josie saiu pisando duro do porão. Deixando todas nós de bocas fechadas, a segunda a deixar o porão foi Caroline e em seguida, Lizzie e eu nos olhamos confusas e deixamos o vampiro na cela, iria ficar lá até que a verbena saísse do organismo dele e eu pudesse hipnotiza-lo.

O restante do dia foi difícil, Caroline fingia que eu não existia, Josie estava trancada no quarto e Lizzie era a única que falava normalmente comigo. Apesar de tudo, ela disse que acabou aceitando nosso relacionamento e sabia que eu não faria nada para machucar Josie, isso sim foi surpreendente, considerando o fato de que foi correndo contar tudo ao homem que me odeia, ela disse que fez isso pelo choque inicial, mas que depois MG a fez perceber que estava sendo uma tremenda vadia.

No momento, estava caminhado em direção a diretoria, precisava conversar com Caroline, as coisas não podiam ficar desse jeito, parei o que estava fazendo quando ouvi a voz da minha tia Rebekah, franzi o cenho e mesmo sabendo ser antiético, comecei a ouvir o que as duas conversavam.

Depois do Fim - Hosie Onde histórias criam vida. Descubra agora