✧𝟢𝟣 - 𝖭𝗈𝗏𝖺 𝗏𝗂𝖽𝖺

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"𝖬𝖾𝗎 𝖼𝖺𝗌𝗍𝖾𝗅𝗈 𝖽𝖾𝗌𝗆𝗈𝗋𝗈𝗇𝗈𝗎 𝖽𝖺 𝗇𝗈𝗂𝗍𝖾 𝗉𝖺𝗋𝖺 𝗈 𝖽𝗂𝖺
𝖳𝗋𝗈𝗎𝗑𝖾 𝗎𝗆𝖺 𝖿𝖺𝖼𝖺 𝗉𝖺𝗋𝖺 𝗎𝗆 𝗍𝗂𝗋𝗈𝗍𝖾𝗂𝗈
𝖤𝗅𝖾𝗌 𝗉𝖾𝗀𝖺𝗋𝖺𝗆 𝖺 𝖼𝗈𝗋𝗈𝖺, 𝗆𝖺𝗌 𝖾𝗌𝗍𝖺́ 𝗍𝗎𝖽𝗈 𝖻𝖾𝗆"

𝐃𝐀𝐏𝐇𝐍𝐄 𝐏𝐎𝐕'𝐒
🥂🕯️🕰️

Desde que meu pai me contou sobre a morte da minha mãe meu mundo desabou, minha vida mudou. Ele me entregou uma carta. Disse que ela escreveu antes de morrer, já no hospital.

Eu demorei 1 semana pra abrir a carta a primeira vez. E a cada frase que eu lia meu mundo desabava de novo.

As palavras escritas na carta foram:

"Querida, se você está lendo isso, eu não estou mais ao seu lado. E isso é a única coisa que me deixa triste. Eu não me arrependo da vida que vivi, porque é a minha vida, foram as minhas escolhas. E eu realmente acredito que cumpri meu propósito. Eu criei essa garota incrível que você é, desacelerei o passo para acompanhar o seu crescimento, passei noites em claro pensando no melhor pra você. E hoje o que me chateia é somente não poder te acompanhar mais.

Mas eu sei o quanto você é incrível, sei o quanto você vai superar isso. Sei que você vai achar as pessoa certas pra te apoiarem e ouvirem seu choro quando precisar. Porque eu confio em você.

Eu perdi minha mãe a uns anos atrás, sei quanto isso é difícil. Mas você é uma garota espetacular, e meu último pedido é: não pare no tempo, viva a vida, cometa erros, inicie amizades, termine amizades, comece namoros, termine namoros. Faça escolhas.

Eu te amo, sempre amei e sempre vou amar. Eu confio em você pra não perder o rumo, eu confio em você."

A letra estava meio trêmula, ela já estava muito doente nessa época. E o pior de tudo é saber que eu não fiz nada que ela me pediu. Mas como eu conseguiria? Ela sempre foi o que fez vida seguir o rumo.

Mas agora, em outra cidade, com novas pessoas, novas oportunidades... eu me sinto na obrigação de tentar, pelo menos tentar. E é isso que eu vou fazer. Eu tenho uma prima incrível e uma tia igualmente legal... Mas isso pode esperar até amanhã? Tudo que eu quero e preciso agora é dormi.

E foi o que eu fiz, eu dormi por algumas horas, mas acordei no meio da madrugada. Me sentei rapidamente na cama e olhei ao redor. Relaxo meus ombros que estacam tensos e pego meu celular, para ver a hora. 2,46 da madrugada. Sem sono me levanto e visto um moletom, por conta do frio, e saio do quarto, abrindo a porta cuidadosamente.

Quando começo a descer as escadas escuto duas vozes no andar de baixo. Espio por cima do corrimão. Eram a Lidsay e uma outra garota. Ela tinha cabelo castanho e longos, usava um pijama do Patrick de Bob Esponja e segurava os risos, já que era tarde.

Respiro fundo e termino de descer as escadas. Lidsay me olha e para de rir.

— Te acordamos? Desculpa.

— Não. — Tento forçar um sorriso. — Eu acordei sozinha.

— Você deve ser a prima da Lidsay, que chegou hoje. Não é? — A garota morena pergunta.

— Eu mesma.

— Vem sentar aqui com a gente. — Ela oferece e eu hesito por um momento, mas depois de uma momentos me sento no sofá. — Eu sou a Sophie!

— Eu sou a Daphne, mas normalmente as pessoas me chamam só de Daph. — Digo e abro um sorrisinho, ela parece legal.

— Nós estávamos tentando decidir qual filme vamos ver. — Minha prima disse e se ajeitou no meio das cobertas. — Estamos em duvida entre assistir Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban ou A câmera secreta. O que você acha?

— Bom... Eu definitivamente escolheria Prisioneiro de Azkaban, mas eu gosto dos dois.

— Então vai ser esse. — Sophie diz e sorri.

Nós passamos o resto da madrugada vendo filmes e conversando. Foi legal sorrir de novo, depois de tanto tempo.

Acabou que todas nós dormimos no grande sofá da sala. Eu dormi por último.

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Quando eu acordei Sophie já estava acordada, guardando suas coisas na mochila. Quando ela viu que eu tinha acordado ela deu um sorrisinho sonolento.

— Lid me contou sobre sua mãe. — Ela falou em un tom calmo e eu prendi a respiração por uns segundos. — Eu não vou te dizer "Sinto muito". Sei que isso é horrível.

Eu apenas encarei ela e então ela prosseguiu.

— Eu perdi meu pai quando eu tinha 14 anos. E tudo que eu ouvi por meses foi "Sinto muito". Eu achei que eu nunca mais ia conseguir seguir em frente. — Ela me abriu um sorriso reconfortante. — Mas vai por mim, com o tempo, as lembranças perdem um pouco da dor, e vira apenas saudade. Uma saudade saudável.

Eu não posso dizer que naquele momento eu acreditei plenamente no que ela disse. Mas sorri e murmurei um agradecimento.

— Minha mãe me ligou. — Ela pegou a mochila e colocou mas costas. — Tenho que ir. Mas antes... Me passa seu número? Meu aniversário é na semana que vem, e eu quero te mandar as informações.

— Isso é um convite? — Pergunto.

— Claro. A Lid vai se arrumar comigo, na minha casa. Você vai também né?

— Claro. Obrigada. — Sorrio e ela retribui, o sorriso dela é doce e ela parece uma daquelas garotas que são eufóricas e agem por impulso, mas eu gostei dela.

Ela pegou o celular do bolso e eu ditei o número pra ela. Ela me deu um rápido abraço antes de sair e mesmo que eu tenha conhecido ela a muito pouco tempo eu consigo sentir que ela vai se tornar uma pessoa importante pra mim. E faz muito tempo que eu não sinto isso, muito mesmo.

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Próximo capítulo ela finalmente vai encontrar o namorado dela.

Eles só não sabem que namoram, mas na minha cabeça eles namoram. E eu sou a dona da fic então foda-se o que eles acham disso!💋

Call It What You Want - Matthew SturnioloOnde histórias criam vida. Descubra agora