Fantasia, são suas palavras.

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∆s Minhas recomendações de música
Que eu escutei enquanto escrevia
(se você gosta de escutar)

✓ Caso sério - Rita lee

✓ Planos - BK

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No fundo, eu sentia que não ia dar certo. Já senti isso quando nós estavamos na loja, rindo de coisa boba. Changbin foi para a loja de conveniência, comprar "algumas" bebidas, diz ele.

Entre tanto, me diverti genuinamente. Faz um tempo que não rio de doer a barriga. A loja era pequena e aconchegante, de cor alaranjada, por conta das luzes.

Elas eram brilhantes e leves. Nós riamos das fantasías engraçadas que achávamos, e víamos o que seria mais legal e que se encaixava em nós.

Felix decidiu ser um tigrinho, porque adorou as orelhinhas. Hyunjin decidiu ser um diabo, porque para ele, ele seria a pati da festa. Changbin quis ser o cosmo de padrinhos mágicos, o que ficou perfeito.

Eu chegava a ver as coisas, mas nada me apetiçava. De repente me perdi de todo mundo, porque o lugar era pequeno e estreito, porém bem grande.

Tirei esse tempo para encontrar minha fantasia. Tinha decidido que eu não queria ser tão extravagante, mas algo bonito que me deixasse bonito.

Eu passava as mãos nas prateleiras, com suas diversas fantasias, mas nada me chamava atenção. Eu queria algo básico, mas também não tão básico.

Eu vejo um chapéuzinho de bruxa, e eu gostei muito, porque ele era meio achatadinho, o que não dá a impressão que invez de bruxa, você é um duende.

Pensei bastante na fantasia de bruxa, porque fez muito o meus estilo, talvez um bem básico não faz mal pra ninguém. Mas queria uma segunda, ou melhor quarta opinião.

Estava indo em direção das conversas, mas paro para ver Minho esfregando suas orelhas, tremendo. Parecia que algo estava machucando o ouvido dele. Ele gemia de dor.

— O que houve?— me aproximo, ele aponta para uma TV antiga ligada — desliga — ele murmura. Eu o faço, e escuto o seu suspiro de alívio — Obrigado, Jisung— ele ainda esfregava suas orelhas, agora incomodado.

— Que isso, o que tem a televisão, pra te machucar?— eu vejo sangue de seus ouvidos, e me desespero — Caraca, Minho!— eu tiro as mãos dele, e examino a orelha dele.

Eu pego um lencinho da minha mochila, e limpo o ouvido. Era apenas um corte, não seu tímpano — Pra quê que você disse pra eu desligar?— limpo o sangue de uma orelha, já a outra não tinha sido machucada.

— O som de TV antiga machuca a minha audição, dói tanto que eu não consigo me mexer direito— ele sorri com delicadeza
— Você é maluco por não chamar ninguém— eu reclamo, mas estava preocupado com ele.

Ele apenas ri pelo nariz, e espera eu limpar seu ouvido. Então, eu olho pra ele, o olhar dele é intenso e calmo. É como a maré, ele é calmo e congelante.

— Escolheu a fantasia?— ele me perguntou e eu desperto de um transe — Uhm? Ah.. sim, bruxinho, clássico— eu dou de ombros, e sorrio, sem graça.

Apocalypse ~ [minsung]☆Onde histórias criam vida. Descubra agora