- surpresa de aniversário -

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João -

  Bem.. era hoje que Pedro ia me levar para o lugar "Surpresa" que ele falou.. to animado não posso mentir vou ver ele fora da escola pela primeira vez..

   Ao acordar do mesmo jeito de sempre vou a escola e me sento na escada mas dessa vez o irmão do Pedro vem junto a ele até a porta da escola.. era incrível como eles eram praticamente iguais

  O mesmo vem até mim e fala que quer que eu conheça o irmão dele, fico confuso.. pq? Mas vou até ele, e o garoto era quase igual ao pedro, com aquele carisma que cativa, o sorriso idêntico.. e claro que o garoto era lindo igual a ele.

  Ele me apresenta seu irmão.. era mesmo uma criança muito interessante, bonita, divertida e cativante, ao que parece também, muito inteligente e para minha surpresa ele me da parabéns, ao que tudo indica Pedro falou de mim pro seu irmão.. isso me deixa todo bobo.. e eu nem sei o motivo.

  Ao decorrer do tempo, o irmão do Pedro vai a escola dele, eu e Pedro passamos o dia juntos, conversando e brincando, chega a hora da saida, eu tava nervoso, apertava minha mão com força.. E para meu choque, ele percebe.. segura minha mão e para me deixar mais em choque ainda ele faz um carinho na mesma.. meu sorriso era tão bobo que mal podia o conter, era incrível as sensações que Pedro me causava, acho que é pq ele é meu primeiro amigo assim, não sei...

  Após isso vamos andando ao lado oposto do que eu geralmente costumo ir, era diferente..

Pedro on -

    Havia escolhido um lugar cuja amava ir quando era pequeno, era um terraço, perto de minha casa, com certeza era o oposto dos lugares que João frequentava, mas ora.. ele pode gostar.. né?

   Paramos em frente a um ponto de ônibus, minha casa era bem longe.. logo vejo a ingenuidade de João, ao receber uma bala de um estranho e aceitar, ele ja estava abrindo o pacote quando tive que intervir
— Você é louco!? — Eu disse pegando a bala de sua mão e a jogando fora. — Nunca te ensinarão a não aceitar comida de estranhos, João Vitor? — falo com uma leve indignação na voz, oq faz João soltar uma expressão confusa
— Mas foi um senhor que me deu.. achei falta de educação recusar.. — Ele fala baixinho e olhando o chão, as vezes, ele parecia uma criança.
— João.. acho que ninguém te ensinou que tinha 99% de chance dela bala estar envenenada, né?
— Oi!? — Ele começa a tossir e sua cara era de choque, acho que ele jamais imaginaria isso.

    Bem, depois de sentir que estava dando bronca em uma criança de 5 anos por aceitar bala de um estranho o ônibus chegou e tive que puxar João para entrar, vou até o último banco e me sento, olho para ele esperando o mesmo fazer o mesmo, mas ele apenas olhava tudo em volta de um jeito.. curioso.
— Não vai se sentar João? — Falo olhando o mesmo que logo volta para a realidade e se senta ao meu lado, vejo que ele retira seu fone do bolso do moletom e me entrega um lado, ia ser útil, era um caminho longo.

    Começa a tocar exagerado, sorrio, Cazuza era uma das coisas que tinhamos em comum, fecho meus olhos apoiando a cabeça sobre seu ombro e ele apenas sorri com os olhos e passamos o caminho assim

   Ao decermos do ônibus vamos andando até minha casa, precisava pegar as últimas coisas para a surpresa.

  Chego e pego uma cesta, perfeito, estava tudo ali, pego também algumas coisas que havia pedido para minha mãe preparar e o presente de João, que parecia que ia cavar um buraco a 7 metros do chão e se esconder
— Ei! Terra para João — falo ao perceber que sua cabeça vagava por diversos lugares, menos aonde estávamos — Ah! oi! eu gostei da sua casa, é bonita! — ele fala com um sorriso gentil, eu apenas rio, minha casa era apenas um comodo da dele — Uhum! Mas não é aqui que a surpresa vai acontecer! — seguro na mão dele e saio andando para mais acima.

  Subo mais ainda, até o alto de um prédio
— Ta legal! Você tem que fechar os olhos Jão! — falo dando uma risada para o mesmo que nega com a cabeça — você vai me empurrar daqui de cima? — ele fala e eu logo rio.
— claro que não besta! Só deixa eu preparar a surpresa!
— Ta legal, mas só para deixar claro, eu não sei voar não!
— a gente aprende a voar na decida! — falo e dou um piscadinha para o mesmo, que ri e fecha os olhos, arrumo tudo, havia uma toalha vermelha sobre o chão, algumas flores, um bolo com uma vela, vários sanduiches de diversos sabores e alguns salgadinhos que tinha orgulho de dizer que eu que fiz! — pode abrir! — falo animado e o mesmo abre os olhos

  João -

  Abro devagar os olhos, quando Pedro manda, apenas consigo sorrir, era lindo, junto a aquela vista, era tudo perfeito, nos sentamos e começamos a conversar, dessa vez sobre música, quando entramos em uma discussão acerrada, sobre quem era melhor, Taylor Swift ou Lana del rey, obviamente eu defendia Taylor Swift, já ele a lana del rey
— obviamente Taylor Swift é melhor peu! É muito superior — falo em um tom convincente
— Fala com minha mão — ele coloca a mão na frente do meu rosto e eu rio, apenas deixando o assunto morrer.

Vai chegando a noite e começa a esfriar, Pedro havia pensado em tudo, ele pega uma coberta e estende sobre mim, eu vou para perto dele ficando entre as pernas do mesmo, minha cabeça estava sobre seu peitoral, enquanto ele abraçava minha cintura, era confortável, somente eu e ele ali, parecia que nenhum problema do mundo era real, somente eu e agora meu melhor amigo, estava escuro, era uma noite onde não havia uma nuvem no céu, apenas as estrelas, que brilhavam forte, a rua estava escura, apenas iluminada pelas luzes das casas, como estavamos no alto do prédio, todas as casas pareciam formigas de tão pequenas, uou, nos somos mesmos tão pequenos e isso é a coisa mais linda

Pedro pega seu celular e coloca uma música, ele escolhe boa vida, do cazuza, e quando finalmente percebo, o sol ja estava nascendo.

Desejo súbito de te encontrar - pejão 🩶Onde histórias criam vida. Descubra agora