Amortentia (Parte 1)

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- Mas... Que porra...?! - Vociferava o moreno, suando frio.

- Hm? - Murmurou o loiro com um imperceptível, quase inexistente, sorriso de canto.

- A porta não quer abrir. - Explicou o grifinório girando, em vão, a maçaneta da porta repetidas vezes - Trancaram a gente aqui!

- Mas, que filho da puta teria tamanha audácia? - Indignou-se o sonserino, aumentando cada vez mais seu sorriso enquanto, sutilmente, enfiava a chave em um dos bolsos de suas vestes.

- Pare com esse sorriso, Malfoy. Estou falando sério, a porta está trancada! - Ótimo momento para esquecer sua varinha no banco do trem. Mas, ao menos, seus amigos estavam no vagão com ela. De qualquer modo, não conseguiu deixar de se sentir um tanto irresponsável, afinal, um "alohomora" o tiraria dessa situação rapidinho - Está com a sua varinha?

- Não. - Mentiu serenamente, escutando o garoto bufar logo em seguida - Mas, parando para pensar, que ironia do destino, não?

- Ahn? - Balbuciou o menor, fitando-o confuso.

- Agora podemos terminar aquela nossa conversa. Não é, Potter? - Sua voz estava mais rouca e mais grave que o normal. Notou, com satisfação, os pelinhos do grifinório se eriçarem em resposta.

Sem se dar conta de suas ações, Draco se inclinava de forma vagarosa e instintiva, na direção do menor.

Tudo parecia tão bom, tão... certo.

O que poderia dar errado?

~✧ Um dia antes ✧~

Harry Potter finalmente entrou em seu quarto, na Rua dos Alfeneiros, completamente esgotado. Tia Petúnia o fizera limpar e aparar todo o jardim! Além de fazê-lo lavar o carro, isso sem falar das suas outras e inúmeras tarefas diárias. Sua barriga protestava de fome, afinal, não comera nada desde que acordou naquele dia.

Mas, ainda sim, sentia-se feliz. Amanhã pegaria o trem Expresso de Hogwarts e reencontraria seus amigos. Estava morrendo de saudades, afinal, não conversou com eles desde que entrara de férias.

Rony até tentou entrar em contato usando o telefone, um aparelho trouxa para comunicação, mas, seu tio Válter que o atendeu e, desde então, não recebera mais ligações. Desconfiava que Rony enviou cartas para Hermione, alegando que seria uma péssima idéia entrar em contato pelo aparelho trouxa, afinal, tio Válter não fora nem um pouco amigável berrando para que o Wesley nunca mais ligasse novamente.

Naquele período, Harry ficou extremamente chateado e esquecido, pedindo aos céus que alguém de Hogwarts achasse outro meio de comunicação que não fossem as cartas e o telefone. Se sentiria melhor até mesmo se seu maior inimigo, Draco Malfoy, lhe aparecesse dando um único "oi" que fosse. Com certeza interagir com Malfoy seria muito melhor do que sua interação com os Dursleys, seus tios. A maior parte do tempo em que passava com os Dursleys, estava fazendo suas tarefas diárias ou estava escutando os berros do seu tio por algo que, provavelmente, ele não tinha culpa.

Desceu preguiçosamente do quarto ao ouvir os gritos de sua tia que o jantar estava pronto.

Se assustou com o soco repentino que seu tio Válter desferiu contra a mesa de jantar, assistindo alguma coisa na TV, provavelmente o esporte trouxa conhecido como "futebol". Aparentemente o time de seu tio era extremamente ruim, afinal, sempre que ele assistia, ficava de mau humor durante dias!

Como sempre, serviu a comida de seu tio primeiro, servindo Petúnia em seguida e seu primo Duda logo depois. Harry sempre foi o último a se servir e, quando finalmente se sentava para comer, a baleia do seu primo já havia terminado e colocava o prato em sua frente para que o servisse novamente. Fechando os punhos e cerrando os dentes, Harry colocou mais comida no prato de seu primo e, finalmente, sentou-se para jantar.

{ Meu Domínio } (Drarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora