14. O maior sonho de Abraxas

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Narrado por Violet:

O Professor Dumbledore finalmente entrou na sala de aula, trazendo consigo uma atmosfera de serenidade e sabedoria.

Professor Dumbledore:
— Bom dia, queridos alunos. Peço desculpas pelo atraso. Hoje continuaremos nossa exploração da Transfiguração, uma das mais fascinantes disciplinas mágicas.

Seu sorriso caloroso e sua voz tranquila acalmaram um pouco os ânimos na sala, e todos os alunos se voltaram para prestar atenção em sua aula.

Professor Dumbledore:
— Hoje discutiremos os princípios básicos da transformação de objetos inanimados em animais. Gostaria que todos prestassem muita atenção, pois este é um conceito fundamental que será essencial para suas futuras habilidades como bruxos e bruxas.

À medida que a aula prosseguia, o Professor Dumbledore cativava a todos com suas explicações claras e exemplos práticos. Sua paixão pela magia era evidente em cada palavra, e logo todos estavam imersos na fascinante arte da Transfiguração.

Abraxas se inclinou em direção a mim, seu sussurro quase se perdendo entre as palavras do Professor Dumbledore.

Abraxas:
— Esta aula está menos tediosa só por estar com você.

Um sorriso surgiu em meus lábios diante de seu comentário, aquecendo meu coração.

— Você sempre encontra uma maneira de tornar as coisas mais interessantes.

Nossos olhares se encontraram por um breve momento, cheios de cumplicidade, antes de voltarmos nossa atenção para a aula.

(...)

Uma hora se passou e a aula de Transfiguração estava chegando ao fim. Eu olhei para o lado e percebi que Abraxas havia adormecido, seu rosto sereno em contraste com o movimento agitado da sala.

— Abraxas, acorde. A aula está terminando.

Eu o cutuquei suavemente, tentando despertá-lo do sono profundo em que estava mergulhado.
— Abraxas, hora de acordar.

Ele resmungou sonolento antes de abrir os olhos lentamente.

Abraxas:
— Huh? Oh, desculpe, acho que acabei cochilando.

— Você acha?- Eu arqueei a sobrancelha rindo.

Nós dois compartilhamos um sorriso enquanto nos preparávamos para o final da aula.

Após a aula, eu e Abraxas nos preparamos para ir almoçar no salão principal. Ele mencionou que precisava passar na comunal para deixar alguns livros antes de se juntar a mim. Decidi ir na frente e escolhi um lugar mais tranquilo no salão, onde havia menos pessoas.

Ao me sentar, senti uma mão gélida repousar em minha mão, fazendo-me estremecer levemente. Instintivamente, pensei que fosse Abraxas, mas ao levantar o olhar, fui surpreendida ao encontrar Tom Riddle diante de mim.

— Riddle, você me assustou. - falei com um breve sorriso nos lábios.

Ele sorriu enigmaticamente, seus olhos penetrantes fixos em mim.

Tom Riddle:
— Desculpe pelo susto, Violet. Apenas queria me juntar a você para o almoço. Espero que não se importe.

— Não, claro que não. Sinta-se à vontade. - Acenei para o mesmo se sentar de frente para mim.

Enquanto Tom se sentava de frente para mim, pude apreciar sua beleza de perto, assim como na noite do Clube do Slug. Seus traços eram esculpidos com uma elegância singular, e seus olhos continham um brilho misterioso que me intrigava.

Enquanto nossos olhares se encontravam, minha atenção foi atraída para um detalhe em sua mão: um anel dourado adornado com uma pequena pedra preta. Era uma peça magnífica, delicadamente trabalhada e de uma beleza impressionante.

— Que anel lindo você está usando. É uma peça bastante intrigante. - falei olhando para ele.

Tom Riddle sorriu, revelando um brilho de satisfação em seus olhos.

Tom Riddle:
— Ah, este anel. É um objeto de significado pessoal para mim. Presente de família, por assim dizer.

Sua resposta foi vaga, como era de se esperar de alguém tão reservado quanto ele. No entanto, eu não pude deixar de sentir que havia mais história por trás daquele anel do que ele estava disposto a revelar.

Enquanto eu estava sentada com Riddle, Abraxas, Alphard, Cedrella e Canoplous se juntaram a nós. A presença de Avery logo se destacou, trazendo consigo seu jeito provocativo e sorriso malicioso.

Avery:
— Olha só quem temos aqui, a linda Violet Black e seu galã, o incrível Abraxas Malfoy. Imaginem só esse casal na cama.

Ele soltou uma risada de deboche, mas antes que Abraxas pudesse responder, Riddle interveio com sua habitual elegância.

Tom Riddle:
— Avery, talvez seja melhor medir suas palavras, seria ótimo para todos dessa mesa que você guardasse seus pensamentos inusitados para sí.

Seu tom de voz era calmo, mas sua autoridade era incontestável. Um silêncio constrangedor caiu sobre a mesa, enquanto todos processavam as palavras de Riddle.

Avery, visivelmente contrariado, engoliu em seco e ficou em silêncio. Era raro vê-lo tão desconcertado, e confesso que aquilo me deu um certo prazer.

(...)



Após o almoço, eu fiquei boa parte da tarde na comunal  deitada em uma almofada no colo de Abraxas enquanto ele estava sentado lendo um livro e acariciando meus cabelos.

Abraxas:
—Você sabia, Violet? Meu maior sonho é me formar em Hogwarts e, depois disso, me casar com você. Não consigo imaginar um futuro sem você ao meu lado.

Eu sorri com seu comentário.
—Isso soa como um plano maravilhoso, Abraxas. Eu também não consigo imaginar minha vida sem você.

Enquanto ele falava, eu sentia o calor reconfortante da lareira e a sensação reconfortante de estar deitada em seu colo. Era um momento simples, mas cheio de significado e amor para mim.

Enquanto Abraxas acariciava meus cabelos com ternura, meu olhar capturou a entrada de Riddle e Druella na comunal da Sonserina. Druella me encarou com seu típico deboche, relembrando o incidente no treino de quadribol, desde lá não é segredo que nos odiamos. Foi aquele momento em que a enforquei que selou nossa rivalidade.

Riddle, com sua presença imponente, me encarou profundamente enquanto eu estava recostada no colo de Abraxas. Mesmo assim, Abraxas acenou com a cabeça para ele em um gesto de cumprimento, e Riddle retribuiu com um leve aceno de cabeça antes de se sentarem à mesa da comunal.

Enquanto Druella e Riddle começavam a conversar, eu ignorei completamente e me concentrei em Abraxas, que sorriu para mim com doçura. Seu sorriso era reconfortante, um refúgio em meio à tensão que pairava na comunal naquele momento.



Continua...

𝐔𝐧𝐭𝐢𝐥 𝐭𝐡𝐞 𝐞𝐧𝐝 - 𝑇𝑜𝑚 𝑅𝑖𝑑𝑑𝑙𝑒Onde histórias criam vida. Descubra agora