15. O livro

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Narrado por Violet Black:

Abraxas pediu gentilmente para sair de seu colo, afirmando que precisava ir ao banheiro. Sem hesitar, deslizei do sofá e me acomodei, observando Druella e Tom na mesa. Druella, com sua atitude sedutora, parecia flertar descaradamente com Tom, colocando a mão sobre a dele e rindo como uma vadia. No entanto, ele não parecia interessado, e isso despertou minha curiosidade.

Enquanto eu observava a cena, percebi o olhar de Tom se dirigindo na minha direção, como se pudesse ler meus pensamentos. Rapidamente, desviei o olhar quando Cedrella se sentou ao meu lado, sua chegada passando despercebida por mim até aquele momento.

Cedrella:
— O que você acha que está acontecendo ali? Parece que Druella está tentando seduzir Tom, mas ele não parece interessado. - ela sussurrou.

— É estranho, não é? Talvez ele não esteja interessado nesse tipo de coisa.

Cedrella assentiu, observando a cena com interesse. Eu me perguntava o que realmente estava acontecendo entre Druella e Tom, mas decidi não me envolver mais do que o necessário.

Cedrella sussurrou enquanto me contava sobre estar gostando de Septimus, e imediatamente senti uma onda de raiva percorrer meu corpo. Como ela poderia se envolver com um traidor de sangue? Era proibido, e eu esperava que ela soubesse disso.

Violet:
— O que? Cedrella, você está falando sério? Você sabe muito bem que isso é proibido. E Alphard, ele sabe disso?

Cedrella me olhou incrédula e respondeu em um sussurro carregado de frustração:

Cedrella:
— Porra, claro que não. Você acha que eu seria louca de contar para ele?

Fiquei chocada com a resposta dela. Como Cedrella poderia se envolver em algo tão perigoso sem sequer consultar nosso primo e irmão? Era inconsequente, e eu precisava descobrir como ajudá-la a sair dessa situação antes que fosse tarde demais.

Cedrella:
— Violet, eu sei que não deveria, mas eu não consigo controlar meus sentimentos. É como se eu estivesse completamente perdida.

Enquanto Cedrella desabafava, meu olhar encontrou o de Tom Riddle, que já me encarava intensamente. Senti um arrepio percorrer minha espinha, mas rapidamente desviei o olhar, ignorando a conexão momentânea entre nós. Porém, Cedrella notou minha distração e percebeu para onde eu havia olhado.

Cedrella:
— Você está bem, Violet? Parece que você estava meio distante agora há pouco. Está feliz com Abraxas?

Apesar das preocupações sobre Cedrella e da tensão com Tom Riddle, eu sabia que não poderia revelar minhas verdadeiras preocupações para Cedrella naquele momento. Então, com um sorriso forçado, respondi:

— Sim, estou bem, Cedrella. E sim, estou feliz com Abraxas. Ele é maravilhoso, um príncipe.

Enquanto eu estava absorta em meus pensamentos, Abraxas voltou acompanhado de Avery e Alphard, que estavam fazendo piadas e rindo alto. Cedrella e eu nos entreolhamos, e eu pude ver a preocupação em seus olhos. Eu queria poder ignorar toda aquela tensão e aproveitar o momento, mas era difícil com todos os segredos e intrigas que pairavam sobre nós.

Abraxas, com seu sorriso cativante, se aproximou de nós:

Abraxas:
— Desculpe a demora, estava conversando com esses dois palhaços aqui.

Avery, com seu jeito provocativo encarou ele.

Avery:
— Ei, não fale assim de nós. Estamos apenas tentando animar o ambiente.

Alphard, com um sorriso malicioso riu.

Alphard:
— Além disso, vocês duas parecem tão sérias. Precisam relaxar um pouco.

Cedrella, tentando manter a leveza da situação, sorriu e respondeu:

Cedrella:
— Estamos apenas tentando apreciar o tempo silêncio, isso antes de vocês chegarem é claro. - ela debochou de seu irmão. Eu apenas sorri e me levantei e olhei para Cedrella.

Violet:
— Vou dar uma volta pelo castelo. Não demoro.

Cedrella assentiu, ainda envolvida na animação ao redor, e eu saí da sala comunal. Ao abrir a porta, dei uma última olhada para trás e me deparei com os olhos de Tom Riddle, fixos em mim.

Meu coração deu um salto, mas eu rapidamente desviei o olhar e segui em frente. Decidi ir até a biblioteca, onde poderia ler em paz sobre a tal câmara secreta. A ideia de que Tom Riddle poderia estar de alguma forma ligado a ela pairava em minha mente, mas eu tentava afastar esse pensamento como mera paranoia, e acredito que realmente seja paranoia...

Caminhando pelos corredores vazios de Hogwarts, eu me sentia determinada a descobrir a verdade por trás dos mistérios que assombravam a escola. No entanto, eu não podia negar o frio na espinha que sentia ao pensar nas possíveis consequências de minhas investigações.

Com passos cautelosos, adentrei a seção proibida da biblioteca, onde os livros mais antigos e obscuros estavam guardados. Entre as prateleiras empoeiradas, encontrei um tomo antigo que parecia conter informações relevantes sobre a história de Hogwarts.

Abri o livro e folheei suas páginas amareladas até encontrar um trecho que chamou minha atenção. Nele, estava escrito sobre a lenda da Câmara Secreta e sua suposta localização nos corredores sombrios de Hogwarts. A descrição detalhada revelava que a entrada para a câmara estava escondida no banheiro feminino do segundo andar.

Meus olhos se fixaram na passagem, absorvendo cada palavra com crescente fascínio e temor. Era como se uma peça crucial do quebra-cabeça tivesse sido encontrada, mas ao mesmo tempo, a revelação só aumentava minhas dúvidas e preocupações.

Eu sabia que investigar mais a fundo poderia ser perigoso, mas a curiosidade e o desejo de desvendar o mistério eram irresistíveis. Com o coração acelerado, eu fechei o livro e guardei-o com cuidado, decidida a explorar o banheiro feminino do segundo andar e desvendar os segredos que ali se escondiam.


Continua...

𝐔𝐧𝐭𝐢𝐥 𝐭𝐡𝐞 𝐞𝐧𝐝 - 𝑇𝑜𝑚 𝑅𝑖𝑑𝑑𝑙𝑒Onde histórias criam vida. Descubra agora