Feliz Ano Novo, Ames

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Era mais um dia cansativo na 99° delegacia. Amy estava tão exausta que mal podia reorganizar seus fichários, porém, um caso em aberto havia alugado uma mansão em seus pensamentos.

O telefone tocou, relevando a imagem de Jake ao fundo, ele estava ligando. O som irritante do celular a tirou de seus devaneios.

"Ames?", Peralta sorriu do outro lado da linha ao ser atendido.

"Ah, oi, Jake. Está tudo bem?"

Amy sorriu ao ouvir a voz de seu amado, pelo menos havia algo (nesse caso, alguém) para lhe fazer relaxar.

"Estamos ótimos, môzinho. Só liguei pra ver como você estava."

"Estou cansada, queria muito que você ainda estivesse aqui."

"Querida, queria mesmo? Eu te perturbaria o tempo inteiro, você odiaria."

"Mas pelo menos poderíamos ficar juntos sem nos preocupar em quantos minutos Mac vai chorar, quem sabe poderíamos até nos escondermos na sala de arquivos pra trocarmos uns beijos, hm?" Amy riu, esticando-se em sua cadeira.

"Olha, seria uma ótima id-", Jake foi interrompido por Mac, que chamava pela mãe do outro lado da linha.

"Interrompemos a programação de marido para dar início à programação de pai, em caso de reclamações ligue para nosso SAC, nosso secretário Jacob Peralta Santiago irá lhe atender de bom grado", Jake brincou, fazendo uma voz robótica.

Amy suspirou, levando sua destra até sua nuca.

"Vai cuidar do nosso pequeno, amor. Depois matamos a saudades."

"Você vem pra casa ainda hoje? Posso te buscar quando você quiser, Ames" Jake parecia desanimado.

"Acho que sim, amor. Desculpa por não poder dar uma noite de ano novo fantástica pra vocês", Santiago murmurou baixinho, sentindo seus olhos se encherem de água. Estava vulnerável, sentia saudades da vida antes da maternidade.

"Tá tudo bem, amor. Qualquer noite com você é uma noite fantástica. Jake Peralta, na operação dar banho no Mac, desligando. Câmbio. Eu te amo. Câmbio."

Amy posicionou seu celular sobre a mesa e levou suas mãos até seus fios, onde iniciou uma trança fina.

"O que houve, detetive Santiago?", o capitão Raymond Holt perguntou preocupado, olhando com estranhamento para a mulher em sua frente. "Não está em um bom dia? Você está com o rosto vermelho."

A mulher rapidamente limpou as lágrimas de seu rosto, tentando parecer o mais normal possível.

"Eu estou bem, capitão! Estou resolvendo um caso que envolvia um cachorro, por isso o rosto vermelho e o olho inchado!"

O Capitão Holt respirou fundo, caminhando novamente para seu escritório. Fechou as portas e as persianas, sentou-se e analisou Santiago pelas brechas da persiana. Tomou o celular e ligou para um contato conhecido, ouviu o som do celular chamando e logo foi atendido.

"Capitão, hey! Que honra receber uma ligação sua. Eu estava prestes a te ligar", Jake respondeu, do outro lado da linha.

"O que você fez com a Santiago para ela chorar tanto e ainda por cima mentir pra mim?", Holt questionou. "Você sabe, eu não suportava lidar com a Santiago, mas não suporto ver alguém machucando minha melhor detetive."

"Ei, ei, ei! Pode parar com isso, pai. Eu jamais machucaria a Santiago e... ESPERA! A SANTIAGO ESTAVA CHORANDO?", Jake respondeu extremamente chocado, porém, já sabia do que se tratava.

"É, pra ter feito ela chorar só sendo uma coisa muito absurda."

Jake pensou, pensou, e pensou, e então uma ideia surgiu em sua cabeça, como uma lâmpada que é acesa na cabeça dos personagens de desenhos animados.

Operação Papais - PeraltiagoOnde histórias criam vida. Descubra agora