CAPÍTULO 38 - Queime com seus erros!

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Noite 6

"Oi pessoal, só queria avisar que, devido a restrições orçamentais, a sala segura, agora selada, faz parte das mudanças em vários locais, incluindo este. Equipes estarão construindo uma parede falsa sobre a antiga porta ao longo do dia. Se algo ficou lá dentro, é por sua conta. A Gerência pede discrição sobre essa sala com familiares, amigos ou seguradoras. Agradeço novamente, e lembrem-se: Você é o rosto da Pizzaria Freddy Fazbear." - Fita cassete.

Após escutar essa merda de fita cassete, comecei a ouvir alguns sussurros ecoando pelo local, dizendo meu nome... e para piorar, aquela sala estava um calor do caralho!

Já queria desistir ali mesmo, ainda bem que era o meu último dia naquele inferno, e infelizmente ainda não tinha achado nenhum rastro do meu pai...

Fiquei pensando sobre minha vida, sobre tudo que eu fiz, sobre as escolhas erradas que cometi. Não era um ótimo momento para ficar pensativo, entretanto, não tinha muito o que fazer.

- Michael... - uma voz rouca me chamava. Levei um susto de início, não tinha ninguém ali além de mim... apenas aquele coelho maldito! Espera... o coelho!

- Quem está aí? - Gritava por respostas.

- Finalmente nos reencontramos... filho! - O animatronic entrou em meu campo de visão, ele estava parado na janela do local, me encarando.

- Pai?! - Não pude acreditar... o cara que eu permanecia procurando esse tempo todo estava na minha cola! Não imaginava que esse reencontro seria assim... tão de repente.

- Parece que já me reconheceu... pode ver que a imortalidade ainda permanece ao meu lado... - O mesmo gargalhava e debochava da minha cara.

- Como você ficou assim? - Comecei a me afastar do meu pai, não queria aquele nojento perto de mim! Além do mais, sendo um animatronic cheio de metal por dentro.

- Parece que a Marya não te contou né? Hahaha!

- O que a Marya tem a ver com isso?

- Ah, Michael... não seja bobo, acha mesmo que ela não sabia que eu estava aqui? Foi ela que me prendeu nessa merda de lugar! Fiquei trinta anos preso neste local... e finalmente, vejo que você nunca desistiu de me procurar... - Não podia acreditar... Marya sabia que William estava aqui? E foi a mesma que o prendeu? Por que ela não me contou? POR QUE?

- Isso não faz sentido... - as lágrimas já haviam tomado conta do meu rosto.

Antes que meu pai pudesse dizer alguma coisa, algo inesperado aconteceu... o alarme de incêndio começou disparar!

"Merda!" - pensei. Quando eu estava conversando com meu pai, havia esquecido de consertar a ventilação do lugar! Porra aquilo era uma distração!

O fogo tomou conta do local rapidamente. Antes que eu pudesse correr, William me deu um soco na cara. Se eu não tivesse me segurado, com certeza eu teria voado.

Meu rosto doía pra caramba... não conseguia mexer meu corpo mais, aquela fumaça me fazia tossir drasticamente.

Pude ver que algo havia caído em cima do meu pai, fazendo com que ele ficasse imóvel, apenas pedindo socorro.

- Filho da puta! - Minha voz era quase nula.

Pude ouvir gritos um pouco distantes de mim... a voz era familiar.

- Michael! - Era Marya, correndo em minha direção... minha visão estava turva e não consegui ver ela direito, apenas vi sua silhueta vindo até mim.

- Ai! Bosta! - Consegui ouvir Henry caindo no chão, típico dele!

- Misericórdia pai! Levanta, levanta! - A mulher o ajudava a levantar.

William começou a rir, mas sua risada foi interrompida pela sua tosse.

Marya me ergueu novamente, me arrastando para fora do local. Percebi que Henry estava com um escudo de proteção avermelhado em sua volta.

- Não vai nem me cumprimentar, bruxinha? - William questionava Marya, pude perceber a fúria e o ódio expressos no rosto dela. Seu pai me tirou dali o mais rápido possível, mas um pouco bravo comigo por motivos óbvios.

Minha cabeça estava confusa, tinha muitas perguntas a fazer para Marya. O porquê ela mentiu para mim e não me contou a verdade... queria entender tudo de uma vez por todas!

MARYA -

- Vai se fuder, William! - Eu já estava muito puta com ele, queria matá-lo ali mesmo. Mas lembrei da promessa que fiz a Cassidy... não podia quebrá-la...

- Espero que me convide para o nascimento de seu filho... será um prazer conhecê-lo! Hahaha!

- E será um prazer te ver sofrer! - Antes que eu fizesse qualquer coisa, pude ouvir a sirene do corpo de bombeiros e da polícia. - Isso acaba aqui, William!

- Você que pensa... - Nem quis ouvir ele direito, apenas saí do local para encontrar Michael e meu pai, que por sinal, já estavam dentro do carro.

Eu sabia que algo de ruim aconteceria com o Mike! Ele é teimoso e nem se quer me escutou...

Só espero que todos nós fiquemos bem, tanto as crianças quanto a minha família.

A ESCOLHIDA - FIVE NIGHTS AT FREDDY'SOnde histórias criam vida. Descubra agora