CAPÍTULO 23 - Circus Baby

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- Papai... - chamo meu pai enquanto penteava o cabelo de minha boneca.

- Fala Elizabeth. - Will me responde com seus olhos vidrados em seu computador.

- Que dia eu vou poder ver a Baby?

- De novo essa pergunta Elizabeth? - papai parece um pouco bravo.

- O senhor me prometeu que iria me mostrar ela essa semana... - consigo perceber que 'papis' estava bufando de ódio.

- Caralho Elizabeth, não posso te trazer aqui que tu já fica me enchendo o meu saco por causa desse animatronic? - William estava sem paciência já.

- Mas pai... - sou interrompida pelo papai, batendo forte em sua mesa e se levantando. Me assustei um pouco.

- Chega! - ele grita comigo, uma lágrima cai em meu rosto.

- Desculpa... - falo aflita e um pouco rouca.

Percebo que ele se vira para mim, um pouco mais passível depois de ter tido seu pequeno "surto". Papai pega algo em sua gaveta de seu escritório, e me entrega. Era um aviãozinho vermelho de plástico.

- Toma, vai parar de me perturbar agora? - papai sorri para mim. Fico super animada com seu presente... fazia tempo que o mesmo não me presenteava.

- Obrigada papai! - o abraço, ele apenas coloca uma de suas mãos em minha cabeça, me acariciando. O próprio se afasta de mim e vai em direção até seu assento.

Observo o brinquedo que papai tinha me dado, percebi que havia uma mancha de tinta vermelha mais escura no objeto. Passo o dedo no local e o cheiro, era sangue...

- Papai... o que... - sou interrompida pelo meu pai, fazendo um sinal de "shh" para mim.

Com a ação dele, limpei o sangue com um lenço úmido e o jogo fora logo em seguida.

Sorrio para Will e saio de sua sala, indo brincar com meu novo presente!

Ainda estava pensando em dar uma escapada em meu pai e ir ver a baby! Ela era simplesmente divina e sua voz acalmava qualquer um!

Fui em direção contrária do salão principal, adentrei-me em uma sala escura, onde tinham alguns avisos de segurança, os ignorei.

Avisto Circus Baby no palco solitária e desligada. Minha felicidade era gigantesca, finalmente eu estava ali perto da animatrônica que meu pai fez para mim.

Chego mais e mais perto dela. Quando de repente, ela liga. Seus olhos azuis me encaravam. Era uma sensação boa e ruim ao mesmo tempo, um lado dizendo para ficar ali com ela, mas o outro dizia que era para eu sair dali rapidamente.

E obviamente, dei bola para o pensamento do primeiro lado, o que falava para ficar ali.

Quando menos espero, Baby abre sua barriga e lá de dentro sai um sorvete de baunilha. Meus olhos brilharam naquele momento, havia um sorriso estampado em meu rosto. Estava feliz por estar com ela.

Fui pegar o doce em sua garra que o segurava. Quando o toquei, consegui ouvir meu pai gritar meu nome. O olhei na porta do local, espantado. Mas já era tarde demais... a tal garra do sorvete penetra em meu corpo, o furando. A única memória que me lembro, é que a tal coisa me puxa para dentro. Após isso, me sinto esmagada, ou melhor, triturada.

A ESCOLHIDA - FIVE NIGHTS AT FREDDY'SOnde histórias criam vida. Descubra agora