Capítulo 3

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Antes de começar a ler, sugiro que você tire um bom tempo para ler isso. Ficou com quase 4000 palavras.
Boa leitura!

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A noite tumultuada passara para todos na mansão. O novo dia se anunciava com uma atmosfera mais amena e acolhedora. Dos 15 pequenos habitantes da mansão, faltando 1, todos se preparando para mais um dia escolar. A luz do sol preenchia as janelas da imensa residência, espalhando um brilho intenso e uniforme por todo o ambiente.

No quarto deles, as paredes em tom bege se revelavam à medida que a luz do dia avançava, revelando também alguns buracos no assoalho e rasgos nas cortinas. Longe do luxo, o ambiente se mostrava simples e desgastado. As camas, por sua vez, eram os móveis mais singelos, feitas com cobertores alaranjados sobre estruturas de metal enferrujado. A única nota de beleza naquele cenário eram os armários de pinho, que contrastavam com a simplicidade do restante do ambiente.

O quarto do proprietário da mansão era praticamente um contraponto ridículo em relação aos demais espaços. As paredes revestidas por um verde-escuro contrastavam vividamente com os ambientes mais simples. O piso de madeira nobre raramente exibia qualquer imperfeição visível. A cama, imponente em tamanho, estava adornada com os cobertores mais macios e aconchegantes. Um enorme tapete conferia um charme extraordinário ao ambiente.

Na sala de jantar, a cena reunia as crianças tomando o café da manhã. A maioria parecia quase adormecida, apoiando a cabeça na mesa, os olhos quase se fechando e demonstrando certa dificuldade em segurar os talheres.

A mesa transbordava de comida, como era de praxe em todas as refeições. Imensa, a mesa se estendia com duas fileiras de cadeiras, cada uma identificada por uma pequena plaquinha com o nome do ocupante. O dono da mansão já havia saído há um bom tempo, partindo cedo para o trabalho. Os habitantes, exaustos, conversavam sonolentos sobre a escola. Um deles até segurava um caderno, revisando algum conteúdo.

"Está revisando História, Yagut (Tajiquistão)?" indagou uma das irmãs para uma das mais novas

"Sim!" respondeu a pequena.

O mais velho logo se manifestou sobre o assunto: "Sempre fui muito bom em história, principalmente na História Mundial", afirmou.

"Não precisa ficar se gabando o tempo todo! Todos sabemos que você é bom em todas as matérias!", disparou um dos irmãos sentado próximo a ele.

Ele finalizou de mastigar seu pão e rebateu: "Ah, não se esqueça que também sou ótimo em artes naturais e..."

Outros irmãos pareciam querer se intrometer na conversa. Alguns falavam mais distante, outros mais próximos do iniciador da discussão. Era sempre assim: quando surgia uma discussão, todos queriam dar sua opinião.

Parecia que aquela discussão não teria fim! Até que os empregados os chamaram para seguirem o caminho até a escola. Estudavam em uma instituição particular própria para a espécie deles, fazem o trajeto a pé, não havia necessidade de nenhum veículo levá-los, afinal era bem próximo.

"Vamos logo! Vocês vão se atrasar se ficarem aí perdendo tempo!", disse um dos empregados.

"Já estamos indo!" responderam os pequenos, quase simultaneamente.

Iniciaram o movimento de se retirar da mesa, cada um pegando sua mochila. Os uniformes são simples.

Os uniformes masculinos eram compostos por calças retas de cor escura, combinadas com camisas de mangas compridas em um tom neutro de azul. Por cima, uma jaqueta de corte reto e simples complementava o traje, conferindo uma aparência uniforme e funcional.

O Passado (livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora