15. Aula galopando

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Passei o resto do dia ajudando Lucy na casa e a tarde logo chega.

Conto pra ela que finalmente meu pai permitiu que eu aprendesse andar à cavalo e ela se alegra.

Dou tchau a ela e vou até meu quarto. Tomo banho, me arrumo e sigo até o haras.

Há vários homens montados e não consigo encontrar Yago no meio deles.

Então me aproximo de um que está de costas e pergunto.

— Moço, você viu o Yago por aí?

Ele meio que se assusta e se vira rapidamente.

Mas percebo seu semblante se fechar ao me ver.
Droga. Pq comigo, Deus?

É ELE.

Alejandro apenas nega com a cabeça e não me diz uma palavra sequer.

Constrangida me viro e saio em busca de Yago.

Logo o encontro e ele diz que está procurando um certo cavalo, que é o que irei montar.

Então o acompanho na busca e logo encontramos. É o cavalo que Alejandro está montado.

Yago fala com ele e pede o cavalo, dizendo que meu pai exigiu que fosse esse.

Alejandro concorda com a cabeça e desce do cavalo, mas está de cara fechada.

Ele fica nos observando, enquanto Yago me passa as instruções. Meu instrutor monta e me explica como proceder e o que não deve ser feito.

Então estende a mão para mim.
Mas eu fico receosa.

— Yago... eu, eu não sei. Não seria melhor você descer e eu tentar montar sozinha?

— Relaxa, Dália. Tem espaço pra dois aqui. E seria muito arriscado te deixar montar sozinha, logo agora no começo.

Então decido montar. Pego sua mão, mas ainda assim não consigo. Foi preciso ajuda.

E quem estava perto era ele.

Tento outra vez, agarro a mão de Yago, enquanto Alejandro está com a sua na minha cintura me impulsionando pra cima.
Enquanto estou subindo, ele vai descendo a mão e me apoiando onde consegue.

Sinto sua mão descer pela minha perna e finalmente dá certo.

Agora estou com as costas no peito de Yago e minha bunda bem colada no seu quadril.

Meu short a essas alturas já subiu horrores e está curtíssimo.

Yago passa os braços em volta da minha cintura e pega as rédeas.

Quando estamos quase saindo, Alejandro dá um tapinha na perna de Yago e fala.

— Cuidado com a garota, Zé.

— Pode deixar.

Então seguimos caminhos opostos.

Yago me ensina direitinho e consigo compreender. Primeiro colocamos o cavalo para caminhar normal, mas depois ele me mostra como ir mais rápido.

O cavalo é bastante rápido e Yago aperta de leve os braços ao meu redor. A cada galopada, eu roço em Yago involuntariamente e sinto que ele está ficando duro.

Ele tenta se afastar, com medo de que eu perceba seu estado.
Mas não há muito espaço para recuar.

Então logo finalizamos a aula e voltamos ao haras.
Desço do cavalo e não consigo deixar de reparar nele. Nele.

O volume está enorme e eu fico um pouco vermelha.

Então o agradeço pela aula e volto até a casa.

Verão incendiário +18Onde histórias criam vida. Descubra agora