I. ̷M̷i̷s̷t̷

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As primeiras gotÍculas de chuva finalmente atigiram as janelas do carro, depois de longos minutos de trovoadas intesas abafadas pela música alta nos fones de ouvido da garota, os céus por fim tomaram a decisão de lavar o asfalto. Diane sempre amou o cheiro da chuva, as fortes tempestades a acalmavam quando criança e o som das gotas batendo na janela de seu quarto traziam paz aqueles momentos tão dificeís, O caminho da casa de sua avó materna na cidade grande de volta para sua cidadezinha eram longos, porém já estava acostumada. O clima estava perfeito, se não fosse pela briga que seus pais tiveram mais cedo, agora
a mãe dormia enquato o pai estava concentrado na estrada. Diane, com a cabeça apoiada no vidro, comtemplava a paisagem da estrada, enquanto a chuva aumentava ao ponto dela conseguir ouvir através de seus fones. Não havia lagrimas para derramar, apesar do sentimento angustiante, mesmo que as brigas sempre tiveram sido presentes durante toda a vida da garota, ela não conseguia evitar de se sentir como a mesma Diane de 7 ou 8 anos, chorando indefesa e sem ninguém para quem fugir e se apoiar, e esse sentimento lhe causava náuseas.

Uma forte e espessa neblina envolveu o carro, fazendo a estrada ficar assustadoramente perigosa, bonita aos olhos da garota. De repente, os poucos veículos que estavam acompanhando o ritmo de seu carro pareciam ter desaparecido, e então, uma forte adrenalina estranhamente se instaurou por todo o corpo de Diane, instinto e intuição. Algo estava errado e ela sentia. Mesmo que não levasse a sério muitas vezes, ela ja tinha tido provas suficientes que era sensível e sua intuíção não falhava. Diane se levantou e tira os fones, com o objetivo de prestar melhor a atenção ao seu redor, o uníco som presente eram leves trovoadas e a chuva forte batento no automóvel de seus pais e não havia nada, a estrada estava bizarramente vazia, até ela ver uma figura andando no acostamento. Enquanto o carro se aproximava, Diane ficou hipnotizada, algo a puxava para observar. A figura masculina usava roupas normais, apesar de encharcadas pela chuva, quando o carro passou pelo estarnho, a garota se virou para trás sem pensar e pode notar que o mesmo arrastava um machado pelo asfalto, e seu rosto estava coberto pelo capuz do moltom, porém o farol traseiro iluminou o estranho , e o óculos de proteção que ele usava refletiu a luz com um brilho laranja, o restante de seu rosto estava coberto por uma máscara. Diane não conseguia raciocinar, sentia um apresença forte e sombria, ela ficou em transe enquanto via a figura desaparecer em meio a escuridão enquanto o carro se afastava.

-EI!! GAROTA.-Diane foi puxada de volta pela voz rouca e estrondosa do pai.-Senta direito nesse banco, imprestável!!!!!

Diane não respondeu e se sentou corretamente, estava esgotada para brigar então apenas ignorou a ofensa gratuita.

Ela tentou afastar o sentimento que aquele estranho trouxe e fechou os olhos, e com a cabeça novamente escontada na janela, ela mergulhou num sono sem sonhos.

" "

Depois de uma hora ou duas, a mãe acorda e entra em comum acordo com o pai que era o momento de fazerem uma parada. Diane acorda com o movimento do carro estacionando no posto, ela calça as botas, coloca o mp3 no moletom e desce do carro.

Abrisa gélida pós-chuva bateu em seu rosto, a despertando completamente do sono. A garota ajeita a franja bagunçada pelo vento enquanto analisa o local a sua volta com o olhar. Ao ver uma lojinha de conveniência, ela fala com a mãe.

-Vou pegar algo para comer.- sem esperar uma resposta, ela entra na loja.

Ao entrar, ela se direciona ao um dos cantos, em busca de algo para saciar sua sede, passando reto pelas garrafas de água, ela abre e pega uma latinha de refrigerante.

" Se eu quisesse água eu pegava a do carro, ele que não reclame"- Ela pensa enquanto caminha em direção aos salgadinhos.

Enquanto se abaixava para olhar os sabores na parte de baixo, o pequeno sino pendurado sob a porta toca, avisando que alguém havia entrado na loja. Passos molhados e pesados preencheram o ambiente, abafando a estática que tomou conta do rádio do atendente do balcão. Ela continua procurando algum salgadinho de seu agrado enquanto o som dos passos diminui em direção ao fundo da lojinha. Diane vai ao caixa e paga a conta, enquanto pegava o troco, ela ouve os mesmos passos passarem por ela, e o som do sino na porta atrás dela se fez presente novamente.

ℬ𝒖𝒓𝒏 𝑴𝒚 ℋ𝒆𝒂𝒓𝒕 || 𝙏𝙞𝙘𝙘𝙞 𝙏𝙤𝙗𝙮Onde histórias criam vida. Descubra agora