Capítulo 1: Borboleta morta

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     Todas as semanas sempre era chamado um médico para a mansão em que Toro morava. Era necessário sempre novos exames semanais de sua mãe, mas nenhum médico que era chamado conseguia entender o que estava acontecendo com seu corpo e acabava abandonando o caso.

- Heaven estamos ficando sem escolhas, nenhum médico sabe dizer o que ela tem. - Dizia Angela bastante frustada no corredor com Heaven. - Eles só dizem; “Ela está morrendo", "Não há remédio, não há cura"... Se isso não é uma doença o que poderia ser?

- Lembro da Senhorita Vany responder apenas uma vez que era uma maldição.

- Maldições não existem, a magia está totalmente extinta.

- Eles falam pra gente dar outros antibióticos... Mas ela não demonstra nenhuma dor ou reação, isso não faz mais sentido. — Heaven abraçava ela mesma, com uma expressão bastante abalada em seu rosto.

- Desde quando fez?... Vamos tentar procurar outra pessoa. — Dizia Angela indo para as escadas junto com Heaven indo atrás dela.

   Toro sempre deixava uma pequena fresta da porta de seu quarto aberta quando elas iam ver sua mãe. E toda vez, Toro sempre acabava ficando mais angustiada vendo que sua mãe piorava cada vez mais. Ela saiu de seu quarto e andando até o de sua mãe, colocou sua mão trêmula sobre a maçaneta e abriu devagarinho a porta.

- Mãe?...

Sua mãe nada respondia. A luz do corredor entrava pelo quarto escuro, iluminando uma parte daquele enorme cômodo, podendo se ver todas as pesquisas e trabalhos que Vany precisou abriu mão devido à sua doença. Também as cômodas com todos os tipos de remédios e antibióticos, com uma jarra com água ao lado de um copo. E em cima da cama, deitada de lado, estava Vany dormindo e com rosas vermelhas crescendo seu corpo em vários lugares.

 E em cima da cama, deitada de lado, estava Vany dormindo e com rosas vermelhas crescendo seu corpo em vários lugares

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- Eu vou participar do exame daqui dois dias... — Toro soltava a mão da maçaneta e andava até a cama de sua mãe.- Eu gostaria tanto que... Você estivesse acordada nesse dia, pra me ver chegando de volta em casa. — Toro tentava sorrir e ao mesmo tempo seus olhos se enchiam de lágrimas.

Não tinha muito tempo que Vany ainda estava acordada, foi há exatamente um mês atrás. Ela estava sentada em uma cadeira na varanda, na parte de baixo de casa, olhando para o imenso jardim de rosas. Foi a última vez que Toro viu sua mãe fora do quarto, acordada.

- Não me abandona aqui... O que eu vou fazer sem você?! — As suas lágrimas começaram a cair sobre seu rosto e descontroladamente ela começou a chorar. Segurando um dos braços de sua mãe e o puxando, ela tentava desesperadamente acorda-la mas de nada  adiantava, Vany continuava a dormir profundamente e respirando lentamente.

Toro caiu de joelhos na frente da cama e com suas mãos sobre o lençol branco, ela o apertava fortemente e rangia seus dentes com os olhos fechados. Levantando um pouco sua cabeça e abrindo os olhos, ela olhou para as rosas nos braços de sua mãe e a expressão de seu rosto ficando bem séria.
Ela puxou as rosas, as arrancando com muita força, soltando gemidos de raiva. Várias pétalas voavam pelo ar e caíam no chão e pelo lençol, manchadas de sangue e quando Toro parou com sua crise, pode ver o que estava fazendo.
   Suas mãos sujas de sangue, machucadas por espinhos e com rosas sobre suas palmas. O braço de Vany agora estava machucado, com buracos em sua pele e ensanguentado. Toro cobriu seu braço machucado com o lençol e apertou firme para parar o sangue, respirando ofegante, ela subiu na cama e encostou a cabeça no peito de sua mãe. - Me perdoa...  Eu vou entrar na equipe... Vou progredir o mais rápido possível para encontrar um jeito de te acordar... — Ela dizia enquanto fechava seus olhos lentamente.

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