Capítulo 12

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II

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II



O rastro do sombra








O rastro do sombra

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ARCO 2








      A noite era agradável aquela sexta-feira, marcando às vinte e duas horas no relógio. A jovem mulher, mesmo imersa em pensamentos que se entrelaçavam nos complexos artigos acadêmicos de sua faculdade, encarava a rua à sua frente com uma expressão distante.

      Num suspiro fatigado, suas mãos delicadas tomaram a iniciativa de lançar os fios de cabelos encaracolados para trás, num gesto que os prendeu num coque baixo, delineando a curvatura graciosa de sua nuca. Seus olhos acinzentados, perdidos e alheios, focalizavam-se no horizonte como se buscassem desvendar os mistérios da noite.

       Retomando o percurso habitual que a conduziria à sua residência, seus passos eram decididos, revelando uma concentração singular em alcançar seu destino com brevidade. Desapercebida de qualquer sinal incomum naquela noite, a jovem não notava a presença observadora a uma distância prudente na mesma via.

      A figura masculina mantendo um olhar penetrante camuflado por um sorriso amigável, preparava-se para seu primeiro contato com a nova presa. Pendendo as mechas capilares para o lado, suas mãos permaneciam aprisionadas nos bolsos justos de uma calça jeans.

      Um calafrio repentino percorreu seu corpo, interrompendo abruptamente sua caminhada. Seu coração batia descontroladamente, um ritmo frenético capaz de colidir contra  seus ouvidos como tambores de guerra. Como uma tensão elétrica percorria cada fibra do seu ser, fazendo com que seus músculos se contorcessem involuntariamente. Cambaleando para trás ele retirou as mãos dos bolsos numa tentativa de controlar seus próprios instintos macabros. As mãos tremiam, ansiosas para libertar o que se formava dentro dele.

      Os cenários da rua ficaram distorcidos, abafados pela cacofonia de pensamentos caóticos que invadiam sua mente. Cada passo ecoava como um tambor ressoante, enquanto ele caminhava na direção a jovem, seus olhos fixos no horizonte vago, como se vislumbrasse um mundo totalmente diferente do que os outros percebiam. As sombras ao seu redor parecem ganhar vida, dançando ao ritmo de sua mente fragmentada. O suor frio escorria por sua testa, enquanto uma sensação de formigamento percorria sua espinha. O desejo de causar dor e caos cresceu como uma tempestade furiosa em seu peito, uma força que ele lutou para conter.

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