Prólogo

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ANGELINA GORETZKA

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ANGELINA GORETZKA

NÃO!

Respirando fundo, livrando-me de todo ar preso em minha garganta - sem ao menos perceber -, longe de tudo e de todos, posso afirmar - por experiência própria - que não é tão fácil quanto aparenta ser resistir a um austríaco. Não quando se trata de um austríaco de quase dois metros de altura; com tamanho charme, elegância e sotaque tão forte quanto ele. Sendo assim, resistir tende a ser uma tarefa árdua.

Confesso em primeira mão que a minha vida, outrora pacata - longe dos agitos do meu eu jornalista esportiva -, permaneceria sendo bem mais pacífica que o oceano, em todos os sentidos, creio eu - sem um resquício de dúvida - se Toto Wolff "o poderoso chefão" - como é popularmente conhecido por ai - da Mercedes-AMG Petronas Formula One Time, não tivesse em hipótese alguma ousado adentrar nela. Bagunçando-a por inteira. Tirando todas as coisas do lugar sem um pedido formal da sua parte. Tirando-me de órbita com um genuíno toque e olhar penetrante. Com o simples e marcante proferir de um "olá, schatz!"

Quer dizer, o austríaco tentador demais para dizer não e resistir, sem noção ou medo do perigo, parecia não se importar nem um pouco com turbilhão de acontecimentos - e, talvez, grandes consequências - que o mesmo fazia pelas superfícies em que ele pisava ou pelos lugares em que suas grandes mãos, bem mais ousadas que ele, atrevessem tocar e dedilhar - sendo toques e dedilhados íntimos ou não tão íntimos assim.

Todavia, carregada com a mesma certeza de que a minha vida seria pacífica sem a presença dele, posso afirmar - sem o mesmo resquício de dúvida - que ela tampouco seria divertida e prazerosa como costuma ser.

Deveria ser estritamente proibido que um homem igual a ele desfilasse por aí, emanado sensualidade, trajando consigo ao executar este ato, roupas sociais caríssimas - na maioria das vezes -, com a sua fiel camisa branca de botões abertos e mangas arregaçadas atraindo olhares para si - tornando-se cobiçado entre as mulheres.

Chega a ser inacreditável a forma com a qual ele consegue ser um filho da mãe gostoso que costuma deixar meus hormônios à flor da pele sem um aviso prévio. Corpo escultural, pele alva, olhos escuros, um ar de bad boy marrento - apesar da idade -, grosso quando o assunto em questão envolvia negócios e pessoas inconvenientes - e uma parte específica do seu corpo também - sábio e extremamente trabalhado na arte das palavras certeiras e aguçadas, e uma voz perfeitamente sedutora. E um tanto quanto eloquente.

Torger Christian Wolff tinha a necessidade de ser um território proibido aos meus toques e beijos, principalmente por ele ser o pai de Taylor Wolff; aquela a qual me segredava sem restrições e inibições todos os seus segredos e confissões; aquela a qual confiava cegamente em mim; aquela a qual me tem como melhor amiga. Contudo, para o meu delírio, o seu pai não parecia apto a ser um território proibido a mim, tampouco aos meus toques e beijos, e isso fazia com que eu me sentisse a pior das pecadoras.

Não era culpa dela, mas... hmm... Será que a minha melhor amiga não poderia rebobinar a fita e me apresentar um homem menos tentador no lugar do seu pai?

Um pai que não me deixasse mole e me fizesse cair em tentação a todo momento?

Um pai que não fosse Toto Wolff?

O proibido costuma me atrair intensamente e, ao invés de fugir, e me manter afastada, seguindo assim ensinamentos de acontecimentos do passado, eu me envolvia cada vez mais nos braços do moreno, alto, bonito e sensual, sem negar um minuto sequer o quão prazeroso tende a ser tudo entre nós.

Wolff desperta sensações desconhecidas em mim e, apesar de não conhecê-las tão bem antes, não queria de maneira alguma perdê-las ou simplesmente parar de senti-las.

Seus toques facilmente me levam ao paraíso e, beijá-lo é isso, é como tocar as estrelas.

Powerful | Toto WolffOnde histórias criam vida. Descubra agora