01 | Está fugindo de mim, Angel?

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OXFORD, INGLATERRA 

ANGELINA GORETZKA

— AI! — Gemi assustada, ao sentir meu corpo despencar da cama king size em direção à superfície dura do piso de madeira maciça, pegando-me de surpresa e desprevenida

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— AI! — Gemi assustada, ao sentir meu corpo despencar da cama king size em direção à superfície dura do piso de madeira maciça, pegando-me de surpresa e desprevenida.

Em meio ao susto, me sentei de maneira desengonçada, com os olhos semicerrados tentando em vão raciocinar sobre o que tinha acabado de acontecer, no entanto, meu processo mental estava lento demais para executar tamanha coisa sem fundamentos — pelo menos por ora.

Levei uma mão ao coração, o mesmo batia de maneira rápida e descompassada, enquanto a outra fazia movimentos circulares no local atingido — ou seja, meu precioso bumbum —, numa clara tentativa de amenizar a dor aguda.

O que? — questionei atordoada e baixinho para mim mesma, buscando respostas.

As gargalhadas de Taylor Wolff, minha melhor amiga e curiosamente a garota a qual ontem a noite estava com medo de dormir sozinha por consequência dos raios e trovões que vinham dentro do pacote de tudo aquilo que englobava fortes tempestades rasgando o céu numa noite escuro — para lá de solitária — e monótona, reverberou e preencheu consigo qualquer silêncio ensurdecedor — depois do barulho do meu tombo e questionamento aleatório — existente dentro daquele quarto.

— Você me derrubou? — inquiri embasbacada quando a resposta à minha pergunta apareceu diante dos meus olhos, ela assentiu fazendo uma carinha fofa e irresistível com seus olhinhos esverdeados brilhantes, numa falho tentativa de sair impune aquilo. — Ei, não me olha assim não! — protestei a princípio, agora diante do seu olhar semelhante ao do gato de botas. — Isso é inaceitável, sabia, Docinho? Só lhe dou carinho e coisas boas, e em troca recebo isso?

Taylor revirou os olhos ante ao apelido, como sempre fazia todas as vezes em que eu o proferia, perdendo a sua essência "momentaneamente fofa".

No meu ponto de vista mais sincero e conhecedor ao longo dos anos, a mulher à minha frente — alguns anos mais nova que eu, vale ressaltar —, traz atrelada consigo em cada poro do seu corpo, sem muita cerimônia ou objeção, todas as características possíveis e aceitáveis da Docinho da série de desenho animado As Meninas Superpoderosas.

Durona na queda, sem paciência, uma pegada meio rock and roll e de humor tão oscilante quanto — quer dizer, isso com toda certeza e sem sombra de dúvidas ela herdou do pai dela, afinal o seu DNA não foge à regra. Contudo, era divertido irritá-la chamando-a dessa maneira.

E, ao contrário da Docinho, que adora bater em bandidos, ela por sua vez adorava bater de frente com Mick Schumacher. Atitude essa que eu carinhosamente chamo de "amor encubado". E, tal qual o seu apelido, ela não gosta muito disso, porque em suas palavras ela odeia o loirinho e não o ama nem um pouquinho sequer.

Powerful | Toto WolffOnde histórias criam vida. Descubra agora