capítulo 5

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  Caminhamos de volta ao local onde está acontecendo a batalha, estamos muito perto pois já estamos ouvindo o líder dos Estátira gritando:

   _ Nós não queremos guerra, estamos aqui apenas para uma troca justa.

   _ Justa? - ouço Gerald - Vocês estão com o meu povo mantidos como reféns, isso para mim e para meu povo não é uma troca, e sim um sinal de que querem uma guerra, de que querem morte!

   Quando ouço isso vejo que o poder já está consumindo Gerald, que ele já está fora de controle pois antes não queria guerra, me disse que não haveria mortes e agora está quase propondo que uma ocorra?

   Faço sinal para que meus soldados avancem com nossos reféns que agora já estão começando a acordar já que o efeito da droga que dei a eles já está passando.

   _Vamos! - digo na língua nativa de meu povo - Vamos acabar com isso e impedir que uma guerra ocorra agora.

   _ Senhora? - diz Jake e o repreendo na hora.

   _ Não pode me chamar de senhora desse jeito em uma batalha ou se esqueceu que aqui não podem me reconhecer e nem saber quem sou de verdade? - digo em velariano (nossa língua nativa) - Já explicamos que nossa fala em campo de batalha deve ser ilegível para aqueles que estão contra nós! Se ousar falar assim de novo haverá uma punição severa, estamos entendido?

   _ Sim senhora - diz dessa vez do jeito que deveria ter sido dito antes.

   _ Agora diga Jake, fale o que queria dizer antes.

   _ Não acha que estamos nos precipitando? Quer dizer... Não podemos exigir direitos depois pelo crime que estão comentendo contra nosso reino - um leve rubor de preocupação e ao mesmo tempo de medo de repreensão toma o rosto de Jake.

   _ Da mesma forma que não poderemos exigir eles também não poder, ou você se esqueceu que eles estão com a princesa?

   _ É verdade - vejo ele se acalmar e depois continua - Mas isso pode dar um problemão porque ouvi dizer que o Príncipe Matthew não é uma pessoa muito fácil de lidar por isso acho que ele pode usar seu poder contra nosso povo e...

   _ E ele vai fazer o que? - não espero Jake terminar de falar para repreende-lo - Ele não tem direito algum e se pensa que teremos medo, podemos resolver tudo em campo de novo, eu adoraria acabar com esse merdinha! - acabo me exaltando ao dizer isso e assim que percebo digo para encerrarmos o assunto - Agora chega de conversa e vamos para o campo, precisamos resgatar nosso povo.

   Jake confirma e vai para perto dos outros soldados que estão com os reféns. Apesar de saber que ele pode estar certo, não temo pois sei que se fizerem a algo contra nós utilizando a hierarquia não ganharão nada, pois assim como nós, eles também raptaram e mantiveram como refém uma pessoa do nosso alto poder hierárquico, a Princesa Sophia.

    Voltamos a caminhar para o campo, e assim que Gerald olha de esguelha para o canto esquerdo e nós vê chegando, diz:

   _ Tudo bem - diz com um leve tom irônico na voz - Já que terem efetuar uma troca, que tal se ela for justa para ambos os lados?

   _ Já fizemos nossa proposta e não vamos mudar de ideia. Queremos seu líder e em troca devolveremos seu povo - repete em tom de ameaça - Ou fazem isso, ou teremos que iniciar a matança e sei que vcs não querem recorrer a isso!

   _ Podem vir - Gerald nos chama e assim fazemos, entramos em campo com o povo Estátira, com nosso reféns, com nossa chance de vitória.
 
    Assim que entramos eu olho diretamente para o olho do homem que está com uma espada no pescoço da princesa, ele me olha de volta e abre um sorriso de canto como se fosse vitorioso por fazer aquilo sabendo que não haverá punição, afinal isso é uma batalha e estamos em campo, aqui vale tudo!

O Príncipe e a Assassina Onde histórias criam vida. Descubra agora