capítulo 8

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Príncipe Matthew

Depois de dois longos dias naquela batalha inútil, chegamos em casa. Fico feliz em finalmente ter chegado em meu reino, mas ao mesmo tempo fico apreensivo pois sei que meu pai, o rei, não ficará nada satisfeito com o fato de termos voltado de mãos vazias, ele estava esperando que chegássemos em casa com o guerreiro da linha de frente de Velaris mas armaram para a gente, e isso vai gerar uma enorme confusão.

Assim que chegamos aí castelo, vejo uma enorme agitação, os criados estão correndo de um lado para o outro e os guardas estão todos em posição de guerra como se estivesse acontecendo algo grave no castelo. Não entendo o que pode estar acontecendo, então eu paro o primeiro guarda que vejo em minha frente.

_ O que está acontecendo soldado? - ele se assusta com a minha pergunta, mas responde.

_ O comandante dos invasores exigiu uma conversa com o rei - fico surpreso com isso e vou correndo até a sala do meu pai.

Aqui no reino Estátira, temos um grupo de rebeldes que sempre invadem nosso reino para roubar ouro, comidas e roupas para eles e no caminho acabam matando alguns de meus guardas, por isso fico surpreso com o fato do líder deles decidir vir aqui para conversar com meu pai. Isso não vai acabar bem!

Caminho para a sala do meu pai o mais rápido que consigo, mas está difícil de andar aqui no castelo com toda essa movimentação, com todo esse alvoroço do povo. Vou abrindo caminho até lá pois preciso entender melhor o que está acontecendo. Assim que chego na sala, meu pai está com uma expressão seria no rosto, vejo um lampejo de raiva em seus olhos, e assim que me vê entrar ele diz.

_ Fiquei sabendo que não conseguiram executar a missão do jeito que disse que deveriam fazer - diz com um leve tom de raiva escondido em sua voz

_ Não conseguimos porque invadiram nossa parte do campo e nós raptaram - faço uma pausa e ele se levanta para olhar diretamente para mim, meu pai e mais alto que eu, mas isso não me causa medo algum.

_ Me explica isso direito, como que invadiram e raptaram os nosso?

_ Fizemos como você pediu e pegamos o povo deles, só que assim que anunciamos isso, uma parte do grupo deles invadiu nosso acampamento e pegaram os nossos e os mantiveram reféns.

_ E então vocês tiveram a incrível ideia de uma troca?

_ Era a nossa melhor chance, eles colocaram uma espada na minha garganta e...

_ E você não fez nada? Não lutou? Não bateu? - Seu tom de voz, agora alto e ríspido me assusta ao fazer essas perguntas,mas não abaixo a cabeça e falo logo em seguida.

_ Me doparam, na verdade eles me drogaram, me amarraram e depois me ameaçaram - explico tudo o que aconteceu comigo - Você acha mesmo que seria bom a gente simplesmente lutar? Isso seria péssimo para nós, não íamos conseguir nada!

_ Talvez, vocês não sabem disso.

_ Você fala como se soubesse, fala como se estivesse lá e tivesses colocado a espada em seu pescoço, acha que é fácil?

_ Eu já estive em seu lugar, já matei muita gente, já fiz coisas que você nem imagina. Então sim, eu acho fácil! - meu pai fala isso e parece querer encerrar o assunto, mas me lembro do que fui fazer lá então permaneço na sala.

_ O que está acontecendo lá fora?

_ O líder dos rebeldes quer conversar comigo, então marquei uma hora com ele, algum problema? - e então ele começa a me alfinetar

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