Capítulo 3: A Revelação

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Jisoo e Rosé se beijaram, sem se importar com o resto do mundo. Elas sentiram uma explosão de sentimentos, que as deixou sem fôlego. Elas se separaram, ofegantes, e se olharam, profundamente. Elas viram o amor, o medo, a dúvida, a esperança, a angústia, o desejo, a dor, a alegria. Elas viram tudo, e nada.

- Jisoo, eu te amo. - Rosé disse, baixinho.

- Rosé, eu... - Jisoo tentou dizer, mas foi interrompida.

- Shh, não diga nada. Apenas me siga. Eu vou te mostrar o meu segredo. - Rosé disse, levantando-se do sofá.

- O seu segredo? O que é? - Jisoo perguntou, curiosa.

- Você verá. Mas eu te aviso, pode ser chocante. Você está preparada? - Rosé perguntou, séria.

- Eu acho que sim. - Jisoo disse, incerta.

- Então, venha. - Rosé disse, pegando a mão de Jisoo.

Rosé levou Jisoo até o segundo andar da mansão, onde ficava o seu quarto. Ela abriu a porta, e entrou. Jisoo a seguiu, e se surpreendeu com o que viu.

O quarto de Rosé era diferente dos outros cômodos da mansão. Era escuro, frio, e sombrio. As paredes eram pintadas de preto, e havia pouca iluminação. Havia uma cama de ferro, um guarda-roupa, uma penteadeira, e uma escrivaninha. Mas o que chamou a atenção de Jisoo foi o que havia na parede oposta à cama. Era uma estante, cheia de livros, frascos, velas, e objetos estranhos. E no centro da estante, havia um quadro. Um quadro de uma rosa negra.

- O que é isso? - Jisoo perguntou, apontando para o quadro.

- Isso é o meu segredo, Jisoo. Isso é a minha maldição. Isso é a minha rosa negra. - Rosé disse, solenemente.

- A sua rosa negra? Como assim? - Jisoo perguntou, confusa.

- Essa rosa negra é a origem de tudo, Jisoo. É a origem da minha família, da minha fortuna, do meu poder, e do meu sofrimento. É a origem da maldição que me atormenta, e que só você pode quebrar. - Rosé disse, dramaticamente.

- Do que você está falando, Rosé? Que maldição é essa? - Jisoo perguntou, assustada.

- Eu vou te contar, Jisoo. Eu vou te contar a história da minha família, e da minha rosa negra. Eu vou te contar a história da minha vida, e do meu destino. Eu vou te contar a história do nosso amor, e do nosso futuro. - Rosé disse, emocionada.

- Por favor, me conte, Rosé. Eu quero saber. Eu preciso saber. - Jisoo disse, ansiosa.

- Tudo começou há muitos anos, Jisoo. Há muitos séculos. Na época em que a Coreia era governada por reis e imperadores. Na época em que a magia era real, e temida. Na época em que a minha família era a mais poderosa e respeitada do país. - Rosé disse, começando a narrar.

- A sua família? Quem eram eles? - Jisoo perguntou, interessada.

- Eles eram os Park, Jisoo. Os Park de Seul. Eles eram os conselheiros do rei, e os donos de metade das terras do reino. Eles eram ricos, influentes, e admirados. Mas eles também eram cruéis, arrogantes, e ambiciosos. Eles exploravam os camponeses, subornavam os nobres, e conspiravam contra o rei. Eles queriam mais poder, mais dinheiro, mais glória. E eles estavam dispostos a tudo para conseguir. - Rosé disse, com desprezo.

- E o que eles fizeram? - Jisoo perguntou, chocada.

- Eles fizeram um pacto com o diabo, Jisoo. Eles fizeram um pacto com a rosa negra. - Rosé disse, com horror.

- Um pacto com a rosa negra? O que isso significa? - Jisoo perguntou, intrigada.

- A rosa negra é uma flor mágica, Jisoo. Uma flor que tem o poder de conceder desejos, mas que cobra um preço alto por eles. Uma flor que seduz, engana, e destrói. Uma flor que é a fonte de toda a maldade, e de toda a beleza. Uma flor que é a minha maldição, e a minha salvação. - Rosé disse, com paixão.

- Como assim? - Jisoo perguntou, confusa.

- Eu vou te explicar, Jisoo. Mas antes, eu preciso que você me prometa uma coisa. - Rosé disse, seriamente.

- O que? - Jisoo perguntou, curiosa.

- Que você não vai me julgar, me odiar, ou me abandonar. Que você vai me entender, me perdoar, e me amar. Que você vai ficar comigo, Jisoo. Que você vai ser a minha rosa negra, Jisoo. - Rosé disse, suplicante.

- Rosé, eu... eu não sei se eu posso te prometer isso. Eu não sei se eu posso te dar isso. Eu não sei se eu posso ser isso. - Jisoo disse, indecisa.

- Por favor, Jisoo. Por favor, me prometa. Por favor, me dê. Por favor, seja. Por favor, Jisoo. - Rosé disse, implorando.

- Está bem, Rosé. Está bem. Eu te prometo. Eu te dou. Eu sou. Eu sou a sua rosa negra, Rosé. - Jisoo disse, cedendo.

- Obrigada, Jisoo. Obrigada. Eu te amo, Jisoo. Eu te amo. - Rosé disse, agradecida.

- Eu também te amo, Rosé. Eu também te amo. - Jisoo disse, sinceramente.

As duas se abraçaram, e se beijaram. Elas sentiram uma onda de calor, que as envolveu. Elas se separaram, sorrindo, e se olharam, carinhosamente. Elas viram o amor, o medo, a dúvida, a esperança, a angústia, o desejo, a dor, a alegria. Elas viram tudo, e nada.

- Agora, me conte, Rosé. Me conte o seu segredo. Me conte a sua história. Me conte a nossa história. - Jisoo disse, ansiosa.

- Está bem, Jisoo. Está bem. Eu vou te contar. Eu vou te contar tudo. - Rosé disse, decidida.

Ela pegou o quadro da rosa negra, e o colocou no colo. Ela apontou para a flor, e começou a falar.

- Essa é a rosa negra, Jisoo. A flor mágica, a flor maldita, a flor bendita. A flor que mudou a minha vida, e a sua. A flor que nos uniu, e nos separou. A flor que nos ama, e nos odeia. A flor que é a nossa maldição, e a nossa salvação. - Rosé disse, poeticamente.

- Como ela surgiu, Rosé? Como ela chegou até você? - Jisoo perguntou, fascinada.

- Ela surgiu há muito tempo, Jisoo. Há muito tempo. Ela surgiu na época em que a minha família era a mais poderosa e respeitada do país. Ela surgiu na época em que o meu ancestral, o primeiro Park de Seul, fez um pacto com o diabo. - Rosé disse, começando a contar.

A rosa negra - ChaesooOnde histórias criam vida. Descubra agora