#𝟘𝟝

38 8 2
                                    

Enquanto eu me arrumava, podia ouvir os sons da máquina de costura num quarto próximo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Enquanto eu me arrumava, podia ouvir os sons da máquina de costura num quarto próximo. Usei um pente das garotas para ajeitar minhas madeixas rebeldes enquanto esperava, e logo a menor das irmãs me trouxe a calça já ajustada.

Quando pronto, fui para a frente da casa com Kazutora, que fumava um cigarro já no final, aos seus pés algumas bitucas. Me aproximei carregando a mochila aos ombros, dando uma pancadinha em suas costas para chamar sua atenção.

ㅡ Que tipo de câncer tá procurando? ㅡ Brinco com ele, ao seu lado, sorrindo brincalhão.

ㅡ Nah, não começa tu também ㅡ Embora ele claramente pudesse fumar mais daquela extensão ele jogou o resto ao chão, pisando em cima ㅡ Ficou bom o corte. Viu? Eu falei que ele era bom. ㅡ O mais velho bagunça os fios que acabei de arrumar, me vejo obrigado a pegar e empurrar seu braço de perto.

ㅡ Ah, não estraga ramelão!

ㅡ Cadê o respeito ao teu superior? ㅡ Ele provoca, ameaçando vir bagunçar meus cabelos de novo.

ㅡ Vou te mostrar onde te enfi-

Sua frase é cortada pelo som da porta da casa. Mitsuya saia já arrumado, vestido com o uniforme da gangue, os cabelos lilases penteados e reluzentes. Sai sorrindo para as irmãs e fechando os olhos para nós como se usando-os para sorrir a nós.

ㅡ Minha mãe chega em cinco minutos do trabalho, melhor irmos pra não chamar muita atenção ㅡ Ele explica, caminhando para a garagem e buscando sua moto.

ㅡ Ah, só não quer deixar eu ver a Tia Mitsuya né? ㅡ Kazutora reclama, subindo em sua moto ㅡ Só por isso vai ter que levar o novato hoje.

ㅡ Eu não quero um padrasto gangster da minha idade ㅡ Mitsuya brincou junto, subindo em sua moto enquanto Kazutora já saia de vista gargalhando ㅡ Bora [Nome}, vamo ultrapassar ele!

Assim que Mitsuya chamou me vi correndo para trás dele, sentando-me na garupa e agarrando forte o suporte. Ele deu partida e logo estávamos junto de Kazutora. Foi uma corrida caótica, mas Mitsuya sabia achar um ritmo que não me dava tanto frio na barriga. Ou isso ou eu só me sentia seguro com ele.

Quando chegamos em frente a praça do templo estávamos um pouco mais atrás de Kazutora, que debocha de nós.

ㅡ Nem vem que tu perdeu assim ㅡ Mitsuya apenas desceu comigo, enganchando o pescoço de Kazutora em seu braço e puxando-o enquanto andavam pelo caminho de tijolos de concreto ㅡ Sem graça.

Os veteranos pareciam mais animados agora, guiando o caminho, rindo como se fossem amigos a muitos anos. Uma cena fofa que achei que veria raramente entre delinquentes. Depois de uma caminhada por caminhos e escadarias, estávamos finalmente em um grande pátio em frente a um templo budista, o pátio infestado e completamente cheio de garotos entre sua adolescência e o início da fase adulta vestindo uniformes pretos. Eram escandalosos e conversadores. Nunca pensei que uma gangue de verdade teria tantos membros, bem, não uma que começou com adolescentes.

𝐅𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐁𝐚𝐜𝐤! ㅡ 𝑀𝑖𝑡𝑠𝑢𝑦𝑎 𝑥 𝐿𝑒𝑖𝑡𝑜𝑟Onde histórias criam vida. Descubra agora