•Capitulo 2

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Niterói: São Francisco
18hs: Pm

Valentina 🤎

Boa leitura 📚

- O QUE VOCÊ ACABOU DE FALAR, SUA VAGABUNDA? - ela gritou, e eu senti meu rosto virar e, em seguida, arder com o tapa que recebi. - REPETE, VALENTINA.

- Mãe, por favor, me ouça. Eu... eu não queria... - senti outro tapa. - Para, por favor.

Eu estava destruída, não pelos tapas que recebi dela, mas pelo seu modo de agir. Suas palavras doíam mais do que uma facada no meu peito.

- Você vai tirar essa criança nem que seja na marra, nem que eu tenha que te obrigar a isso - ela cuspiu as palavras na minha cara, e eu arregalei os olhos. Não... Isso... não.

- EU NÃO VOU ABORTAR MEU FILHO PORQUE VOCÊ QUER - falei e vi a mesma me olhar com uma expressão desacreditada, como se eu a estivesse contrariando. - Eu vou ter essa criança - a mesma veio em passos pesados na minha direção. Eu fechei os olhos, me preparando para o impacto do tapa, mas ele não veio. Abri meus olhos lentamente e lá estava ele... ELE estava aqui. - O QUÊ!

O cara daquela noite estava aqui na minha frente e segurava o braço da mulher que dizia ser minha mãe. Eu não estava acreditando. Como? Como ele descobriu?

- Quem você pensa que é, seu bastardo do caralho? - olhei para o rosto da minha mãe, que estava furiosa, mas não tanto quanto Danti. - SAIA DA MINHA CASA AGORA.

Minha mãe gritou, mas ele não moveu um músculo. Seu rosto virou em minha direção, e nossos olhos se encontraram. Minha respiração falhou, e minhas pernas fraquejaram por um instante diante do olhar intenso que me encarava.

- Você! - ele desviou nosso olhar e encarou minha mãe, que continuava com sua expressão séria. - Se você encostar mais um dedo na mãe do meu filho, eu juro que você vai pagar bem caro por isso.

Ele falou e largou o braço da minha mãe, que parecia não se abalar com sua ameaça.

- E quem você pensa que é? - ela revirou os olhos.

- Prazer, Danti - ele deu um sorrisinho de lado diabólico, o que me fez estremecer. Os olhos da mulher à sua frente se arregalaram, e seu rosto se tornou um tanto apavorado. - Surpresa?

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A mulher que eu jurava que seria minha mãe me encarou com uma expressão nojenta e desacreditada. Ela estava decepcionada. Eu nunca a vi assim antes, e me senti totalmente um lixo. A mulher que me encarava não me considerava mais sua filha.

Eu e minha mãe nunca tivemos uma relação boa desde que meu pai nos abandonou para viver sua vida bem longe, em outro estado, com outra mulher. Ela ficou arrasada com a traição e pela escolha que meu pai teve de nos abandonar para fugir com sua amante. Eu só tinha oito anos quando tudo aconteceu. Ele me culpou, falou que nos abandonou por minha culpa, por eu ter nascido, que ele não queria filho. Mas ela não queria me abortar.

Agora me conta, como uma criança de oito anos, que não sabia quase nada, poderia entender tudo isso? Eu era apenas uma criança inocente. Eu cheguei a entrar em uma depressão profunda. Todos os dias, ela jogava na minha cara que eu era culpada, que eu não deveria ter nascido, que se ela imaginasse tudo isso, ela me abortaria.

E talvez, se eu tivesse a coragem daquele dia, eu estaria livre de tudo isso. Eu cheguei a tentar várias vezes tirar minha própria vida para que ela pudesse ser feliz finalmente, mas sempre alguém chegava na hora e me impedia. Não era alguém qualquer, era a Yasmin. Ela é minha salvação. Se estou aqui hoje, foi por causa dela, que ficou ao meu lado em todos os momentos e não me abandonou por nada.

Mas eu não a culpo por tudo isso. Eu a amo... muito. Independente de tudo, ela sempre será minha mãe.

Não vi a hora, mas eu já chorava descontroladamente, puxando meus cabelos. Eu sabia o que era aquilo, estava tendo uma crise.

Senti meus braços serem segurados, e braços musculosos me abraçarem. Tomei um susto com o ato repentino, mas me aconcheguei e, incrivelmente, me acalmei.

- Ta tudo bem! Fica calma, hm? Não se estresse desse jeito. Lembre-se, agora não é só você sozinha - olhei para seus olhos que me encaravam com um ar preocupado.

Ele estava certo. Todas as minhas emoções passam pelo bebê, mesmo que ele ainda seja um serzinho de apenas um mês. Ele sente o que estou sentindo.

- Arruma suas coisas - encarei ele. - Você não vai ficar aqui. Tenho que ficar de olho em você... vocês agora são minhas prioridades - engoli em seco. Como assim? Prioridades?

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Oi meninax mais um capítulo pra vocês
Não esqueça de deixar
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Danti ABALOU não foi? KKKKKKK

Quê mulherzinha é essa, tadinha da nossa tina

Então é isso até o próximo EP

GRAVIDEZ INDESEJADA Onde histórias criam vida. Descubra agora