• Capítulo 7

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Valentina 🤎

Boa leitura 📚


Acordei assustada, me levantando rapidamente. Olhei para os lados e percebi que não estava em casa. Muito menos na casa da Yasmin. Mas que droga, onde é que estou? Reparei no quarto, era muito grande, com uma cama de casal enorme. Olhei para cima e vi um espelho no teto. Meu Deus! Havia um guarda-roupa que ia do chão até o teto, era enorme. As paredes eram cinza com preto, o quarto era lindo, mas muito escuro.

Havia uma porta que deduzi ser do banheiro. Me levantei e olhei para ver se achava meu celular, mas não estava aqui. Abri a porta e saí, passando por um corredor com mais cinco portas, acho que eram quartos. Cheguei na escada e desci, parei assim que ouvi barulho de gemidos. Só pode ser brincadeira, que merda. Cheguei na sala e lá estava ele, com uma loira no colo enquanto ela cavalgava nele.Virei meu rosto quando senti o vômito querendo vir.

Olhei para o balcão da cozinha e vi meu celular carregando. Peguei o mesmo e, ao passar pela sala, a garota parou assim que me viu. Vi seu rosto mudar totalmente, expressando nojo e raiva. Eu em. Vendo que a garota tinha parado de sentar no nele, o mesmo olhou para trás, onde ela me encarava com uma expressão de raiva. Ele me olhou e eu desviei o olhar, indo em direção à porta e saindo, batendo a mesma, mas antes ouvi ele me chamando e a garota perguntando quem era eu.

Desci o morro até a barreira, não queria ficar na casa dele e muito menos ir para casa da Yasmin. Precisava ficar sozinha e colocar a cabeça no lugar.

Cheguei na barreira, mas assim que eu ia passar, os caras que estavam lá taparam minha passagem. Isso só pode ser brincadeira com minha cara mesmo.

- Podem dar licença, por favor? - pedi educadamente, não queria me estressar. Um deles logo respondeu:

- Desculpa aí, gatinha, mas o chefe deu a ordem de não deixar ninguém sair do morro - olhei para ele, incrédula. Qual é o problema desse cara, que merda?

- Estou pedindo educadamente para me darem licença - falei entre dentes. Eu não podia me estressar por causa do meu bebê, não queria passar raiva e deixá-lo sentir tudo isso - dêem licença, por favor.

- Foi mal aí, pow, mas são ordens do chefe - o outro cara falou.

Respirei, Valentina, respira.

- Eu estou pouco me fodendo para vocês e para a ordem do chefe, eu já falei que eu quero passar! - falei, tentando passar, mas eles entraram na frente novamente. - Mas que merda, qual é o problema de vocês?

Tentei passar novamente, mas um deles segurou meu braço. No impulso, dei uma joelhada nas suas partes íntimas e vi ele caindo no chão com a mão nos ovos. Aproveitei que o outro estava atordoado e saí correndo. Fui até o ponto de ônibus, bati a mão quando vi um táxi passando, ele parou e eu entrei, vendo que eles vinham atrás, mandei o motorista acelerar.

Antes, ouvi um deles falando:

- Porra, o Danti vai nos matar.

Eu não ia fugir, só queria ficar sozinha, queria um tempo para mim, tentar colocar meus pensamentos no lugar.

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Mandei o motorista parar na praia mais próxima, desci do carro, sorte que eu sempre deixo dinheiro na capa do meu celular, paguei ele e agradeci.

Peguei minhas sandálias na mão e senti o friozinho da areia molhada, respirei fundo sentindo a brisa fresquinha e as ondas do mar.

Logo as lágrimas caíram, ainda não estava acreditando em tudo que estava acontecendo: a gravidez, a discussão com minha mãe, as palavras que ela me falou. Eu estava exausta com tudo isso. Não culpo o serzinho que estou gerando, mas se eu não tivesse ido para aquele baile naquela noite, se eu não tivesse cedido tão fácil assim para o Danti, eu não estaria grávida, minha mãe não teria me expulsado de casa, e não estaria brigada comigo. Isso tudo é culpa minha, toda minha, eu só faço merda.

Quando fui me dar conta, já estava sentada na areia chorando horrores e comecei a tremer. Por favor, agora não estava começando uma crise, respirei fundo e continuei respirando, não posso ter uma crise no meio da praia onde não tinha ninguém.

Me assustei quando senti alguém tocar meu ombro.

- Oi, mamãe, você está bem? - olhei e vi que era uma garotinha. O que uma criança faz uma hora dessas em uma praia sozinha...Pera aí, ela me chamou de mamãe?

Ela sentou ao meu lado e levou a mão no meu rosto, enxugando minhas lágrimas, depois segurou minha mão fazendo um carinho. Que criança fofa! Sua pele era morena, seu cabelo era cacheado e preto, e estavam soltos. Ela tinha um brilho lindo no olhar, parecia até um anjo de tão linda.

- O que você faz sozinha em uma praia sem ninguém? - ela sorriu lindamente.

- Eu não estou sozinha, mamãe, você está aqui comigo - eu não sei por quê, mas comecei a chorar horrores e ela me abraçou.- Não chora mamãe está tudo bem agora.

A olhei sem entender. Como assim? Meu bebê tinha apenas um mês, nem tinha sido gerado direito ainda. Por que essa criança está me chamando de mamãe?

- Por que você está me chamando de mamãe? - perguntei, confusa. Ela sorriu e eu comecei a questionar se estava sonhando. Seu sorriso era igual ao meu, como era possível?

- Porque você é minha mamãe - ela segurou minha mão com ternura. - Mamãe, não sinta medo, por favor. Não me tire, eu posso não ter sido desejada por você e nem pelo Papai, mas eu quero vir ao mundo, mamãe - vi seus olhinhos encherem de lágrimas. Peguei-a no colo e a abracei.

- Shh, está tudo bem, meu amor. Não chore. Eu não sei quem você é e muito menos por que está me chamando de mamãe, mas prometo que vou cuidar de você - ela sorriu e me abraçou.

- Mamãe, agora tenho que ir, mas vai ficar tudo bem. Não precisa sentir medo, estarei aqui contigo, a sua Angel.

Ela simplesmente desapareceu. Eu não sabia o que tinha acontecido, mas senti uma paz imensa me preenchendo. A angústia e o medo que eu estava sentindo desapareceram. Levei a mão na minha barriga e sorri.

- Minha pequena Angel.

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Florzinhas eu mudei
os personagens principais
Vão la da uma olhadinha.

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