02. Lee Minjun... ⛺

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— Jesus realmente me ama?! Ele

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— Jesus realmente me ama?! Ele... Me ama?!

Viro apavorada mirando a lanterna que treme, aos poucos ela ilumina um homem alto e magro, seguro firme minha ecobag, apesar de saber que Jesus me guiou até ali, esse homem ainda é um estranho.

Seu corpo, ou melhor, sua sombra, se aproxima de mim pouco a pouco e eu dou dois passos para trás.

— Eu não vou te fazer mal...— Sua voz rouca e baixa ecoa me arrepiando.
— Só me diz, Jesus realmente me ama? — ele pergunta com uma voz ainda chorosa.

Encho meus pulmões de ar e me aproximo

— Ele... — hesito — Ele não me mandaria até aqui, se Ele não se importasse com você. Acredite se quiser, Ele veio comigo. — Olho para o céu instantaneamente tentando encontrar a borboleta e quando miro novamente o homem, ela estava bem ali ao seu lado.

— Ele também usou essa borboletinha — aponto para o inseto e ele se vira para ir em direção a cabana. 
Estranho, mas logo entendo quando vejo a pequena luz que incomodava meus olhos, aparecer. Como uma luz tão pequena pode me incomodar de tão longe? Haa! engraçado... como a mais pequena luz incomoda, ainda que seja pequena.

— Ommo! Entre! Não tenha medo. — Sua voz parece mais calma

Ando até a entrada da cabana e vejo logo de cara uma criança super fofa, aparenta ter uns cinco anos de idade, guardo minha lanterna na sacola e tento ser agradável.

— Oi! — digo nervosa e balanço a mão para o pequeno e ele retribui da mesma forma.

Sorrio envergonhada e entro, percebo que as luzes são dois candeeiros na cabana, foco em observar ainda mais o menino, ele tem traços asiáticos, uma pequena pintinha no nariz, olhos escuros como o vinho e é bem magrinho, analisei ele em dois segundos disfarçadamente e quando viro meu rosto para encontrar os olhos do mais velho...

Seu olhar quente e penetrante estava sobre mim... Ao observa-lo...

Ele aparenta ter minha idade? Como...

— Você é muito corajosa. — ele sorri quadrado limpando os olhos que estavam marejados e vermelhos com sua mão esquerda, na mão direita segura um copo com água e logo ele me estende.

Eu sorrio timidamente e agarro o copo bebendo seu líquido como se eu tivesse andado três meses no deserto.

Eles provavelmente são irmãos, ambos se parecem muito, seu cabelo de madeixas escuras estão jogados sobre sua testa, seus olhos são pequenos e estreitos, a única diferença é que os seus são ainda mais profundos e ao mesmo tempo tristes e cansados.

— Como sabe que me chamo Solidão? — Ele me convida para sentar em um caixote. Devolvo o copo e  aos poucos observo sua residência, o chão é de concreto, a casa não tem nenhum enfeite, cheira a mofo e principalmente sinto a dor e o sofrimento que ela exala.

Até a Consumação dos Séculos *ROMANCE CRISTÃO* (CONCLUÍDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora