Era um dia ensolarado e bastante produtivo para alguns trabalhadores do sul, tirando o fato de que o verão chegou mais cedo do que o esperado, e se já não bastasse, mais quente que o habitual, o calor intenso afetou a colheita dos grãos, sobretudo aos animais, depois que a maioria morreu desidratados, e os que restaram fugiram para um lugar mais ventilado. Tais acontecimentos contribuíram fervorosamente para o aumento dos valores e taxa de juros, afligindo principalmente o prezado Sr. Bennet, muito respeitado pelos moradores da região. Ele trabalha como cocheiro em uma cidadezinha perto de Brixton. E, que para infelicidade de todos, recebe míseros centavos para o mês, o que se juntar com os membros de sua família, torna o valor muito mais inferior. Sr. Bennet tem quatro filhas, as quais venera mais que a própria esposa: Srta. Mary, a mais velha e um tanto sábia. Isabelle, considerada teimosa quanto aos comportamentos que uma devida dama deve-se portar. Suzy e Lizzy, as mais jovens e, portanto, as mais energéticas.
Certa noite, depois de um cansativo dia de trabalho, Sr. Bennet chegou em casa um tanto estranho comparado aos outros. Ele adentrou o cômodo principal ofegante, suas gotas de suor deslizando sob seu rosto cansado e enrugado. Isabelle foi a primeira a notar o estado do pai, depois Mary, após ver a irmã tão concentrada. Ambas se entreolharam, e logo foram se aproximando do Sr. Bennet, que tirava seu sobretudo empoeirado e o pendurava no mancebo.
- Olá Papai, o senhor deseja que eu pegue água gelada para você? - Mary começou perguntando, fitando seus olhos escuros aparentemente sem vida - O senhor parece cansado depois do trabalho.
Ao ouvir a voz da filha, Sr. Bennet logo desfez a cara emburrada para um sorriso discreto e se pôs a olhá-las com admiração.— Estou lisonjeado pela preocupação, mas irei ter de rejeitar tal oferta, só preciso de um rápido banho e ... — Sr. Bennet não pôde completar a frase pois uma tosse forte prosseguiu por alguns breves segundos. Neste momento, todas as irmãs, inclusive Sra. Bennett teve seus olhares atentos ao pobre homem.
— Céus! O que houve com o papai?! — Mary disse de modo mais alto que o normal, enquanto ajudava sua irmã a segurar o pai que quase caíra ao chão.
Lizzy e Suzy assistiam a cena com pavor, enquanto se consolavam com as mãos entrelaçadas. Sra. Bennet, por sua vez, aproximou-se rapidamente de algumas gavetas, à procura de remédios.— Eu estou bem..— a tosse continuava e conforme o tempo passava, Sr. Bennet conseguia sentir as forças irem embora.
— Aqui! Dêem a ele — Sra. Bennet chegou e deu a Isabelle um comprimido e um copo d'água. sem esperar muito, belle deu-os ao Pai, que, apesar da fraqueza, bebeu o líquido transparente e o comprimido sem muito esforço.
— Irmã, ajude-me a colocar nosso pai no sofá — Isabelle disse com a voz trêmula direcionada a Mary.
Quando elas por fim colocaram o pai no sofá, o restante da família finalmente pôde relaxar, e o temperamento nada sutil da Sra. Bennet começou a atormentar a restante das filhas, com exceção do Sr. Bennet, que estava acostumado com as ações dramáticas da esposa.— Culpa do trabalho que ele exerce! O pai de vocês não tem consideração por nós, Principalmente pelos meus pobres nervos, que, em breve, vão explodir de tanto estresse. estou já avisando! — Sra. Bennet continuava, gesticulando ferozmente com as mãos. — Meu pobre marido não serve nem para tal ato, como seguirei tranquilamente com minha vida? Temos que ganhar sustento urgentemente, mas como? Oh, deus! Não consigo nem pensar direito!
Diante da discussão interminável da mãe, Isabelle refletia profundamente sobre o assunto, ela queria ajudar o pai, de fato. Mas não sabia como, assim como Sra. Bennet. É verdade que mandar o pai trabalhar menos ou ficar de repouso iria ajudá-lo sim, e era exatamente o que Belle desejava com todas as forças. contudo, e na questão financeira? A família ansiava por dinheiro, e o pouco que o vosso pai ganhava era o suficiente só para a comida, mas e agora? Como iriam viver sem os ganhos do Sr. Bennet? Isabelle estava inerte aos pensamentos quando seu Pai, Sr. Bennet, a chamou dos devaneios.
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Entre Desejos e Deveres
Romansaem meados do século XVIII, em uma parte mais afastada da Inglaterra, vive humildemente a família Bennett, cujos recursos financeiros não são muito agradáveis aos olhos de quem vê. Diante dessa situação alarmante, a corajosa e determinada Isabelle...