Capítulo 6

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Na manhã seguinte, Jimin estava ansioso para começar a fazer mudanças na fortaleza. Teria uma quinzena para fazer o que levaria meses.

Se Jungkook pensava em colocá-lo como senhor da fortaleza, logo se arrependeria da ideia. Jimin assumiria o papel e todas as responsabilidades e decisões que vinham com ele. Se o lúpus não gostasse das mudanças quando voltasse, bem, o inglês o avisara para deixá-lo ficar na cabana. Se estava sendo obrigado a viver em outro lugar, este lugar seria habitável.

— Meu lorde? — Veio uma voz baixa do lado de fora da porta.

— Entre, por favor — Ele sorriu para o jovem ômega que entrava.

Tinha grandes olhos castanhos que combinavam com o cabelo escuro que explodia em cachos volumosos. De algum modo, parecia inseguro de si mesmo e do que fazer na sequência enquanto apertava as mãos sem parar.

— Eu... eu posso ajudá-lo esta manhã, meu lorde. O chefe do clã disse para eu assisti-lo e ser seu camareiro.

— Hmm, qual é seu nome?

O ômega de cabelos escuros apertou ainda mais as mãos.

— Kim Taehyung, meu lorde.

Em um esforço para acalmá-lo, Jimin se aproximou e pegou as mãos de Taehyung.

— O pai ômega de Jungkook tinha um camareiro?

— Eu não me lembro, meu lorde. Ele tinha criados de quarto que o ajudavam em coisas como se banhar e se limpar.

Jimin sorriu e por fim conseguiu fazer contato visual com o ômega nervoso. Ele deu um último aperto nas mãos de Taehyung e então parou.

— Bem, eu também nunca tive um camareiro pessoal, e realmente não gosto da ideia de começar esta prática agora. Mas adoraria que fôssemos amigos, Taehyung, e, para isso, você primeiro precisa me chamar de Jimin.

— Sim, meu lorde... Jimin. — Taehyung, mais calmo agora, começou a pensar na fofoca sobre o novo senhor da mansão.

A notícia que se espalhara a manhã toda era sobre como o convidado inglês desafiara o grande chefe Jeon e vivera para contar a história. As pessoas diziam que ele até o persuadira a deixá-lo fazer mudanças enquanto o Lúpus estivesse fora. Todo mundo estava curioso para saber o que ele queria dizer com aquilo.

Quando o chefe Jeon disse para Taehyung que seria responsabilidade dele atender o convidado dele, ele quase recusou. Nunca assistira um lorde antes, e achava que auxiliar um inglês seria especialmente desagradável. Depois, quando toda conversa da manhã se centrava em como o inglês tentara desafiar o chefe deles, Taehyung presumira com mais certeza ainda que o ômega era tolo e ingrato.

Contudo, o inglês que estava parado diante dele não correspondia a nenhuma de suas expectativas. Era simpático, gentil e gracioso. Taehyung ficou completamente desarmado e se pegou sorrindo de volta.

— Maravilha! — Jimin exclamou. — Assim é muito melhor. Tenho tantos planos e tão pouco tempo para realizá-los. Espero conseguir sua ajuda e, com sorte, a de Minji. Pode encontrá-la para mim? Conhece alguém que esteja procurando trabalho na mansão?

— Trabalhar aqui? Na fortaleza? Ora, sim, meu lorde... Jimin. Muitos gostariam de trabalhar aqui, mas o chefe do clã proibiu.

Jimin assentiu como se não estivesse surpreso.

— Sim, mas tudo isso mudou. O chefe Jeon concordou com minha solicitação de fazer algumas mudanças por aqui, e não posso pensar em momento melhor para começar do que agora. É fácil acreditar, quando você se aproxima do castelo, que está prestes a entrar no paraíso, só que essa impressão é destroçada no momento em que se sente o mau cheiro que atravessa as paredes. Não tenho ideia de como alguém consegue viver aqui, mas certamente eu não consigo, não assim.

O Noivo do HighlanderOnde histórias criam vida. Descubra agora