Capítulo 11

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No dia seguinte, Jimin acordou cedo e saiu para se banhar no rio. Mas foi detido pelo sentinela do portão.

— Sinto muito, meu lorde. O chefe do clã pediu que permanecesse dentro da fortaleza — O sentinela se sentia muito culpado por repetir a ordem, em especial quando viu os olhos de ômega mudarem para um azul-esverdeado sombrio. Ele esperava nunca mais ser o portador de más notícias para seu senhor novamente.

Sem querer punir o jovem alfa simplesmente por ser um mensageiro azarado, Jimin deu bom dia a ele e caminhou na direção da Torre da Estrela, como se estivesse voltando para seu quarto. Em vez disso, entrou nos estábulos e levou Moon para fora em silêncio, passando pelo ajudante de Neal que dormia. Montou no cavalo sem selas, e saiu em disparada pela torre dos guardas antes que percebessem a intenção dele e reagissem.

Rá! Manter-me prisioneiro! Vou mostrar para você, Jeon Jungkook. Se você pensa que pode me controlar... pense de novo, ele pensou, enquanto seguia para o rio. Estava bem frio para o que ele estava prestes a fazer.

O tempo estava mais frio a cada dia, e logo começaria a nevar. O rio congelaria em muitos lugares em breve. Tirou as meias, expondo os dedos dos pés ao frio penetrante das rochas.

Jimin sabia que era insano, mas também sabia que precisava de um tempo longe das pessoas e do castelo. E precisava de um banho. Bastava pensar na ordem de Jungkook para que permanecesse dentro da fortaleza e ele ficava cheio de raiva de novo. Jimin tirou rapidamente o resto de suas roupas e correu para a água gelada, esperando que isso diminuísse sua contrariedade com o Lúpus. Ele esfregou o cabelo e o corpo com o sabão de lilases que trouxera, e estava se levantando para voltar para a margem quando Jungkook apareceu.

O Alfa não parou na beira do rio, mas entrou com o cavalo direto na água gelada, erguendo-o em seu colo. Voltando para a margem, Jungkook enrolou uma manta xadrez ao redor de Jimin e disse que se vestisse.

Jimin sabia que ele estava zangado. Ao partir do castelo de modo tão óbvio e desafiador, o inglês com certeza esperava chamar a atenção dele. Somente não de maneira tão rápida. Mas o que Jungkook ainda não entendia era que ele estava tão furioso quanto ele com sua decisão autocrática daquela manhã.

Depois da refeição matinal, Jungkook ficou sentado perto da lareira, revendo mentalmente a noite anterior. Mais uma vez, ele tinha uma ereção só de pensar naquilo. Fora uma experiência incrível — diferente de qualquer coisa que ele conhecia. Jimin o fizera se sentir tão vivo.

O lúpus blasfemou baixinho. Jimin o fizera se sentir necessário, importante, amado de um jeito que ele nunca fora antes. Até vir com aquela surpresa avassaladora. Depois que trocaram aquelas palavras duras na despedida, o inglês ficara na mente dele a noite toda — pairando, provocando. E, na beira de cada sonho, ele o perdia para um vazio escuro e perigoso. Cada vez que acordava, estava sozinho e cheio de medo que Jimin tivesse ido embora para sempre. Depois de um desses vários sonhos, ele se levantou e ordenou para os sentinelas da entrada que não o deixassem sair da fortaleza sem ele.

Quando disseram que Jimin escapou, Jungkook ficou chocado. Ninguém jamais desobedecera uma ordem direta sua antes. Ainda estava tentando descobrir por que ele o desafiara assim, tão publicamente, quando o descobriu banhando-se na água congelante do rio.

— Que diabos você pensa que está fazendo? — Ele quis saber enquanto o ômega colocava a túnica.

O corpo dele estava rígido e tenso, com uma mistura de fúria e desejo primitivo ao vê-lo nu e molhado. Jimin colocou a túnica e o olhou de modo desafiador. Não podia acreditar que ele pudesse ficar parado ali com aquela indignação condescendente.

O Noivo do HighlanderOnde histórias criam vida. Descubra agora