03. 𝐋𝐎𝐁𝐎𝐒 𝐄 𝐃𝐑𝐀𝐆𝐎𝐄𝐒

1.1K 142 7
                                    


𝐋𝐔𝐓𝐄 𝐀𝐎 𝐌𝐄𝐔 𝐋𝐀𝐃𝐎

𝐂𝐀𝐍𝐍𝐈𝐁𝐀𝐋, 𝐌𝐄𝐒𝐌𝐎 após ser domada, permanecia como um dragão temperamental, mantida longe do fosse e principalmente, de outros animais.

Sua preferência por conviver com os demais de sua espécie era mínima, e os guardiões temeram mantê-la aprisionada. Era assustador como sua antipatia funcionava, e de acordo com muitas histórias, devoraria os próprios ovos caso necessário.

Não muito tolerante, aceitava em limitadas ocasiões ser alimentada por outras pessoas, além de sua montadora. Qualquer limite ultrapassado sem a presença de Niary, causaria incidentes indesejados.

A pouco domada, sua maior lealdade e carinho pertenciam apenas a garota. Ambas estabeleceram uma relação inabalável, algo impressionante até para os mais antigos guardiões de dragões.

Para a segurança de todos, Cannibal pode se estabelecer em um campo próximo a porto real. Um local consideravelmente longe de fazendas. Localizado a cerca de 20 minutos de distância e provavelmente menos a cavalo. Porém, em um dragão tudo tornava-se mais fácil.

Assim como Alyssa Targaryen levou seu filho Daemon, de semanas de vida, para um voo em Meleys, Vallys voo sobre porto real com sua filha presa ao colo poucos dias após seu nascimento. A altura não importava, assim como não assustava a Jovem princesa agora.

Viridi era rápido, ágil e formidável. Enquanto sobrevoava o grande campo, se transformava no vento, silencioso e veloz.

Ao pousarem, Niary desceu do dragão esverdeado e correu até o próprio ser alado. Cannibal ao notar a presença de sua montadora rugiu carinhosamente.

—Também senti sua falta.— Sorriu enquanto seus dedos deslizavam sobre o rosto do grande animal. Ela era minúscula em comparação a face de seu dragão, Aerea Targaryen perante Balerion.

—Me parece que se alimentou recentemente– Ela observou o local ao seu redor. Restos de ossos e cinzas frias deixavam claro que o grande animal já havia feito do local seu covil.

Ainda montada em Viridi, Vallys sentiu seu coração palpitar em orgulho e ansiedade. Sua filha havia domado um dragão selvagem, e todos os voos com o animal poderiam ser perigosos. A mulher prezava pela liberdade, mas estimava ainda mais a segurança de sua garota.

—O que acha de voar?— Niary questionou, suas mãos prenderam-se com firmeza sobre os espinhos do animal, e impulsionaram para que ela chegasse até a cela.

Cannibal não gostava de celas, mas as suportava por sua montadora. Já as escadas, jamais foram aceitas, a princesa teve de aprender a subir através de outras formas, mesmo que com toda a certeza demorassem mais.

—Sei que não gosta de ficar parada por muito tempo.— Completou afivelando em sua cintura os cintos que a mantinham segura. A dragão emitiu um som em concordância e se lançou ao céu.

Atrás delas, Viridi seguiu, sua velocidade superior à de Cannibal lhe permitiu que facilmente acompanhasse. Os dois dragões possuíam uma boa relação muito provavelmente devido ao carinho entre Niary e sua mãe.

Vallys, intencionalmente, mantinha-se pouco abaixo de sua filha. Queria garantir de que caso a garota caísse, pudesse lhe dar suporte, mesmo que isto fosse pouco possível, pela diferença de tamanho entre os dois dragões.

Cannibal era maior que Viridi, pouco maior que Vermithor e menor que Vhagar.

A sensação de liberdade não podia ser comparada. Niary se divertia com o vento bagunçando seu cabelo e com os bruscos movimentos de seu dragão.

𝐀 𝐂𝐇𝐀𝐌𝐀 𝐍𝐄𝐆𝐑𝐀 | HOTDOnde histórias criam vida. Descubra agora