04. 𝐄𝐒𝐓𝐎𝐏𝐈𝐌

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𝐐𝐔𝐄𝐈𝐌𝐀𝐍𝐃𝐎 𝐍𝐎𝐒𝐒𝐎𝐒 𝐋𝐀𝐂𝐎𝐒

𝐋𝐀𝐄𝐍𝐀 𝐄𝐒𝐓𝐀𝐕𝐀 𝐌𝐎𝐑𝐓𝐀. Receber tal notícia foi desconcertante para Niary, ela e a mulher pouco se viam, mas ainda assim mantinham uma boa relação.

Observar Baela e Rhaena em luto profundo só tornava tudo mais angustiante. Niary se colocava no lugar das garotas, sentia comparecimento com o que elas estavam passando, mas mantinha-se afastada, pois não eram próximas.

Ao lado de sua mãe, ela notava o quão ofensivas eram as orações de Vaemond Velaryon. Vallys repousava uma de suas mãos sobre o ombro da filha com certa pressão.

Havia luto em seu semblante, um leve traço que passaria despercebido por aqueles que não a conheciam.

O sal corre pelo sangue dos Velaryon. Pelo grosso sangue— Exclamou Vaemond em alto valiriano, suas palavras diretamente ligadas a Rhaenyra e seus filhos. Era desrespeitoso, e desconfortante.

Niary não precisava ao menos questionar para compreender o que ele dizia. Voltando-se a Vallys, viu o desgosto e julgamento no olhar da mulher em direção ao Velaryon. —Ele está insinuando que…— A jovem sussurrou.

—Homens tolos, frases tolas. Se todos aqui cortarmos nossos pulsos, o mesmo líquido vermelho sairá, não importa se somos Targaryen, Velaryon, Hightower ou até mesmo Arryn.— Vallys sussurrou virando seu rosto em direção a Niary. —Todos fomos feitos para viver e morrer—

Do lado contrário às duas, uma leve risadinha pode ser escutada, tal proferida por Daemon Targaryen, o marido da então falecida e tio de Niary. Ao escutar o risinho, Vallys encarou o irmão com um olhar indecifrável.

—Os lordes, príncipes, princesas e até mesmo o rei presente aqui, são apenas peças em um tabuleiro— A mulher disse baixo para que apenas a filha escutasse —Você deve se tornar quem move essas peças–

O caixão de Laena foi empurrando em direção ao mar, sumindo nas profundezas do oceano.

O caixão de Laena foi empurrando em direção ao mar, sumindo nas profundezas do oceano

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—A mão gira o tear. Carretel verde, carretel preto. Dragões da carne, tecendo dragões da linha.— Helaena repetia um murmúrio. Sentada, sozinha, com a companhia apenas de uma aranha. De longe era observada por seus irmãos.

—Não temos nada em comum.— Aegon disse. O anúncio de seu noivado com a princesa não era de seu agrado.

—Ela é nossa irmã— Aemond respondeu.

—Então case-se com ela.—

—Eu cumpriria minha obrigação, se a mamãe quisesse nos noivar.— Os olhos do Targaryen se desviaram por segundos em direção a Niary. A garota mantinha-se com Luke, silenciosos observando o mar. —Fortalecer a família é o importante, não quem quer que seja—

𝐀 𝐂𝐇𝐀𝐌𝐀 𝐍𝐄𝐆𝐑𝐀 | HOTDOnde histórias criam vida. Descubra agora