chenle pov's

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Rainy day.

Eu poderia dizer que o dia está lindo, mas eu estaria mentindo. Odeio dias chuvosos, odeio trovões. Odeio tempestades. Odeio ser um ômega lúpus. Me chamo Zhong Chenle e tenho 18 anos. É...a vida como um ômega é horrível. Bom, eu moro com meus pais, ou melhor; morava. Até o dia que eles pensaram "Nossa, o que acha de deixarmos nossos filhos aqui nesse fim de mundo e irmos trabalharmos fora da Ásia? Lá longe, na puta que pariu, lá na América latina?" Resumindo: meus pais trabalham fora e nunca visitamos eles e vice-versa. Odeio muito essa parte. Nem lembro direito da voz do meu pai...ok, exagerei. Moro com meus dois irmãos; Ningning e Kun. Amo os dois, claro, mas eles são insuportáveis quando querem(sempre que podem). Chega de reclamar. Tenho que ir para aquele hospi...hospício. Eu ia falar "escola", mas prefiro falar o nome real daquele inferno.

- Bom dia, Lele. - Kun sorriu para mim. - Você tá' atrasado.

- Não me diga, maninho... - escutei o mesmo bufar. Esse folgado terminou a escola faz três anos e até hoje nunca arrumou um emprego, vê se pode! - Já vou indo. Espero que um carro passe por cima de mim.

- Larga de feiúra! - tentou parecer sério, mas estava concentrado demais no seu programa de televisão favorito. - leve as chaves.

- Okay. Tchau, Kunzinheiro'. - gargalhei, sentindo uma almofada acertar minhas costas. Abri a porta dando de cara com Jisung e Jeno. - Que susto, caralho!

- Foi mal. - sorriram. Eles dois são irmãos separados na maternidade, nunca desgrudam, parecem irmãos de verdade.

- Cadê seus namorados? - perguntei para Jeno, que riu, me fazendo rir junto.

- Renjun já deve estar na escola. Jaemin resolveu faltar, precisa resolver coisas de família. - explicou, pegando na mão minha e do Jisung para atravessar a rua.

- Não sou uma criança, Jeno. - revirei os olhos, ouvindo Jeno rir. - Pensei que o Renjun hyung iria faltar o resto do mês. Como ele sempre faz quando faltam duas semanas para o final do mês.

- Ele ia. O diretor reclamou com os avós dele. Sabe como é, né. Não pode reprovar por falta. - Jeno disse, encarando Jisung que não havia falado nada até agora, e estava de cara fechada.

- Jijico? O que foi? - perguntei indo para o lado do mais alto. - Seu cio tá' próximo?

- Hum, nada. Não é nada. - Disse sem olhar para mim. O que eu fiz agora?

- O que foi!? - segurei em seu braço, sentindo seu cheiro ficar forte.

- Me solta, por favor. - disse parando de andar, soltei o mesmo e ele continuou andando. Bufei, vendo Jeno gargalhar. - obrigado.

- Ih, cinderelo. Tá estressado demais pro meu gosto. - impliquei com o mais novo.

- Deixa ele. - Jeno implicou comigo. Bufei revirando os olhos. Não demorou muito para chegarmos na escola, vi Jeno indo para minha frente e Jisung ficando atrás de mim. Fala sério...

Mal entramos na escola e já comecei a ouvir alfas e betas falarem merdas sobre mim, algo como "já não basta ser ômega, ainda tem que ser vadia". Não vou mentir, estava me segurando para não voar no pescoço desse povo.

daddy's  home.        ChenjiOnde histórias criam vida. Descubra agora