[Em andamento]
Ter uma segunda chance de viver, poderia ser maravilhoso para algumas pessoas, mas não para Ayla.
Após tirar a própria vida prestes a assumir o trono de Mallastryw, voltar a viver é a última coisa que ela esperava que acontecesse...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Aos poucos meu sentido vai voltando, não sei ao certo onde estou, mas assim que sinto um molhado, me levanto rápido. Estou no mesmo lugar, porém ele parece menor agora, ou talvez seja só a minha respiração que esteja me deixando mais atordoada. Memórias do motivo de estar nesse chão só me deixaram em completo desespero.
— Alguém? — Um silêncio ensurdecedor me alcança — Por favor, alguém me tira daqui! — Parece que só existe eu nesse lugar, nem um ruído sequer é ouvido, apenas minha respiração desregulada.
" Ayla, você está bem? Como veio parar aqui?"
A voz é tão familiar, mais o sussurro é tão baixo que parece que estou alucinando. Olho para os lados a procura de alguém e só vejo as paredes que parecem cada vez mais próximas, lágrimas caem em uma quantidade tão absurda que acabo perdendo o fôlego. Tento responder mais minha boca simplesmente não emite som algum, apenas soluços de um choro tão compulsivo que me deixa com a cabeça latejando.
Me encolho e coloco uma mão na cabeça e a outra na garganta, acabo me arranhando pela força que faço na tentativa de acabar com a dor.
— Mamãe, eu estou com frio. — Minha voz rouca sai em um suspiro antes da completa escuridão me abraçar.
[...]
Abro os olhos e a claridade é tão forte que me faz fechar rapidamente, assim que abro novamente percebo que estou em uma cabana, mas não parece ser a minha.
Olho para os lados e me deparo com um homem de costas, parado em frente a porta, parece conversa com alguém, porém, é tão baixo que não consigo escutar sua voz.
— Onde estou? — minha voz sai quebrada e tão frágil que me questiono se ele ao menos conseguiu me escutar, essa dúvida se vai no momento em que o mesmo se vira em minha direção.
— Senhorita Ayla que bom que acordou! Fiquei imensamente preocupado. Como se sente? — Percebo que é Deniel, o rapaz do outro dia, ele parece me examinar, atento a cada mínimo movimento que faço. — A encontrei desacorda na floresta. O que fazia lá tão tarde?
Minha mente roda por um momento, lembro o que aconteceu e olho para meus braços, os mesmos estão arranhados e assim que minha mão se pousa em meu pescoço sinto que o mesmo também está.
Sinto uma grande vontade de beber água, e tento me esticar para alcançar o copo, porém, assim que Deniel percebe, é mais rápido e me entrega.
— Muito obrigado — Desvio meus olhos para o ambiente — O senhor me fez muitas perguntas. — Acabo sorrindo suave — Vou lhe responder em ordem, tá bom? — Ele sorri assentindo.
— Eu me sinto bem agora. — Olho em seus olhos e depois desvio o olhar para minhas mãos — Eu estava me sentindo estranha, então decidi andar um pouco pela floresta, porém senti uma tontura me alcançar e desmaiei.