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O DESESPERO BATEU e eu encarei duramente jean

— sério isso jean? sério mesmo? — eu digo encarando jean com vontade de avançar no seu pescoço e o estrangular

— s/n por favor, estamos em um estabelecimento, não crie uma aglomeração — mikasa diz enquanto levantava a mão pra eu me acalmar

— fica na sua, vadia. — digo cuspindo de volta

— s/n podemos conversar? — jean aponta para fora do estabelecimento

— igual da última vez que me fez de trouxa? jean nem posso acreditar que dormimos juntos ontem. você não vai mudar, eu não confio em você, e se eu fosse você mikasa, eu ficava esperta — digo apontando para ela — logo logo você vai ficar igual eu

pego minha bolsa e a balanço dando com ela na cara de jean enquanto piso propositalmente em seu pé indo em direção a saída, quando esbarro com alguém na porta

— eu sinto mu—

— oe, olhe por onde anda — levi diz colocando a mão na testa

— levi- digo, chefe. sinto muito — digo enquanto abaixo a cabeça e dou um passo à frente mas levi segura minha mão me impedindo de ir

— o que aconteceu? por que você tá assim? — levi pergunta me puxando pra mais perto

— só jean, sendo um idiota de novo. — digo enquanto o lanço um olhar mortal, jean olhou de volta passando a mão em seu rosto vermelho por causa da bolsa

— já almoçou?

— eu ia, mas aí situações desagradáveis me impediram

— vem, vamos almoçar — levi diz me puxando suavemente para uma mesa do lado oposto de jean, ele sabia que eu não ia querer ficar olhando pra aquela cara de cavalo

sentamos um de frente pro outro, ambos olhando para lados opostos, apenas um silêncio. tínhamos muito pra dizer, mas nenhum dos dois sabia por onde começar.

— não sei se me sinto aliviada ou mal por descobrir que jean não mudou nada — digo dando uma pequena risada desconfortável, o silêncio estava me matando

levi apenas me olhou, o silêncio continuou.
depois de um longo tempo ele abriu a boca pra falar

— sinto muito pelo jeito que te tratei no parque. foi completamente insensível da minha parte, e isso me incomodou mais tarde, tanto que fui até seu apartamento, só que quem atendeu a porta foi aquele cara de cavalo

— tudo bem, eu entendo que você não queria nada comigo, e não sei nem como aceitou esse namoro falso

— inicialmente, tudo foi pela hange. mas aí eu te conheci de verdade, você me conheceu. s/n, me apaixonar por você não fazia parte do plano.

arregalei levemente os olhos

— eu tive que cortar isso, meus interesses por você não poderiam interferir no objetivo do plano, eu só era um peão do tabuleiro, hange controlava. eu levo a sério tudo, e como eu concordei com esse plano estupido, por que não fazer tudo pra valer?

— levi, eu entendo. entendi tudo. e eu queria que soubesse, que eu também me apaixonei por você.

levi apenas me encarou profundamente, estendeu sua mão para tocar a minha, e fez um breve carinho nela.

— espero que você entenda meu ponto. eu só não tô preparado pra algo agora. — ele disse fazendo eu me decepcionar pela segunda vez, mas dessa vez eu entendi o ponto dele, eu não o forçaria a nada

𝐀𝐓𝐓𝐄𝐍𝐓𝐈𝐎𝐍, levi ackerman.Onde histórias criam vida. Descubra agora