Seven.

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~ SASHA

No dia seguinte, eu encontro Ken e Allan na porta da casa dos sonhos. Eu ajeito meu moletom, e quando finalmente vejo como eles estavam não consigo prender uma risada. Seus rostos estavam pintados de verde e rosa, e eles vestiam ternos rosas.

- Pra onde vocês acham que estão indo? – pergunto rindo, e eles se olham confusos.

- Estamos disfarçados, não percebeu? – Allan falou dando um sorriso simpático.

- Ah, você estão ótimos.  – digo com sarcasmo indo para o carro das minhas mães.

Eu teria que aguentar esses dois durante um dia inteiro, pois minha mãe me colocou responsável por eles enquanto fazemos nossa parte do plano dela, que na minha opinião, era muito mais complicado do que se a Barbielandia toda fosse para o mundo humano e matasse o chefe da Mattel. Mas atrair Ruth e a equipe toda da Mattel para a Barbielandia era mais seguro, e não corria risco de nenhuma das Barbies serem presas.

Sento no banco do motorista e reviro os olhos quando Ken se senta ao meu lado, e Allan atrás. Fingo dar partida no carro e ele começou a andar sozinho, e para meu desgosto o silêncio não durou muito.

- Deveríamos colocar uma música! – Allan falou em seu tom alegre de costume.

- É, Sasha, coloca um country. – Ken se meteu no assunto e eu solto um bufo em reprovação.

- Country é horrível, prefiro pop. – reviro os olhos com a fala de Allan e solto um suspiro.

Levo minha mão até o rádio do carro, e Shampain começa a tocar. Sorrio de canto, balançando a cabeça no ritmo da música enquanto os dois bonecos me olhavam com confusão.

- Que porcaria é essa? – Ken cruzou os braços.

- Marina. – digo simples, e o olho com um sorriso extremamente forçado. Vejo ele se encolher intimidado. – E se você quiser continuar nessa bosta de plano para salvar minha irmã sem que eu te deixe acidentalmente em uma das caixas daquele maluco, você vai ter que suportar meu gosto musical.

O loiro assentiu rapidamente, e eu me virei para olhar para o ruivo atrás de nós. Allan se encolheu também, e eu tive que conter meu riso. Era divertido ver o quanto eles tinham medo de adolescentes.

- Suas... músicas são muito boas, Sasha! – Allan fingiu animação, e eu me viro para olhar para a estrada.

- Eu sei que são.

{...}

Quando finalmente chegamos no mundo humano, suspirei aliviada antes de pararmos para tirar nossos patins. Estávamos a um quarteirão de distância da sede da Mattel.

- Certo, lembram o que vocês têm que fazer? – coloco as mãos na cintura.

- Eu e você vamos entrar pela porta do fundos, ir até o elevador e ir para a... cozinha? – Ken disse um pouco desconfiado. – Desculpe, não entendi essa parte de cozinha. Vamos lutar com comida?

- Não vamos lutar, e você não precisa entender. – eu digo seca e olho para Allan. – Lembra de seu papel, Allan?

- Sim! Eu vou distrair os seguranças e quando eu ouvir o sinal, eu corro para a saída.

- Ótimo, vamos? – os dois assentem e começam a me seguir.

Eu estava com um terninho que tinha usado na minha formatura do ensino fundamental, óculos escuros e fazendo a melhor cara séria que eu conseguia. Segurava o braço de Ken, que vestia sua roupa de Cowboy e Allan... bem, ele estava sendo o Allan.

Our Little Barbie (Glorbie)Onde histórias criam vida. Descubra agora