XI

19 4 2
                                    

A comida estava boa para a surpresa de todos o jantar acabou como esperado e nesse exato momento a aranha iria para sua missão

- Você vem fazer a missão com a gente...

(...)


Acordando com Diah Frehlin batendo na terra no meio dos corpos dos moradores daquela vila, abandonada e sem rumo, Naarts sabia que não poderia voltar para naquele lugar que um dia chamou de casa

Ela olhava em volta e via as sobras de todo aquele terror de ontem, dormiu despreocupada enquanto todos daquela vila eram mortos

A garota se sentindo em débito com os moradores, pessoas que nem saber o nome ela sabia, decidiu trazer um final adequado em seus restos, cavando covas e os enterrando


Se passaram dois dias seguidos assim, sua mãe lhe deu o poder dos brincos e Naarts poderia ter vendido todos os seus sentimentos e erradicar as aranhas mas não fez isso, e enterra-los era o mínimo para se fazer

Cavava com as próprias mãos, sua pele e as unhas se arranhavam e machucavam até se tornarem carne viva nas terras daquele local, quando tinha um buraco digno para alguém ela os enterrava com muito cuidado

O garoto que viu sendo torturado que provavelmente era mais jovem que a garota estava jogado no chá com um braço quebrado e uma mão decepada além dos olhos arrancados, talvez ele tivesse nutrido alguma esperança que a garota o salvaria. Ela o pegou no colo de uma forma maternal e o levou para a pequena cova que tinha escavado

Naarts o deitado com delicadeza e com cuidado como fazia com todos da região e por alguma razão ela sente que a criança estava a abraçando "Por favor não me solte" Ouviu o garoto sussurrando de maneira chorosa

- Desculpe... - A ruiva pediu com um pesar em sua voz enquanto baixava sua cabeça o abraçando também, a ficha tinha caído ela podia ter salvado todos mas não fez - Me perdoe por ser uma covarde... - Ela voltou ao raciocínio e percebeu que aquele cadáver nunca a tinha a abraçando e nem falado, tudo foi uma mera alucinação, obra de sua mente confusa, chorando pela vergonha de seus atos e o arrependimento o enterra jogando a terra daquela cova com seus próprios braços

Andando na floresta já tinha acabado com tudo, ela andava sem o uso dos aparelhos e óculos pois tinha os tirado, seguindo qualquer rumo se localizando só com seus outros sentidos "Por que eles me abandonaram?" Pensou a garota que estava cansada demais até para raciocinar, dois dias seguidos sem comer e sem dormir estavam a pesando, sua cabeça estava latejando de dor como se fosse badaladas de um sino

Por algum tiro de sorte saiu no mesmo dia daquela floresta dando de cara com uma cidade. "Provavelmente uma garota fedendo e ensanguentada chamaria atenção das pessoas" com esse pensando ela correu rapidamente procurando um esconderijo

my mistakes || Kurapika x OcOnde histórias criam vida. Descubra agora