Capítulo 8

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Charlie estendeu a mão e pegou as mãos frias e trêmulas de Harry. "Respirações profundas e calmantes, um pouco", ele treinou. "Tudo ficará bem."

Respirando profundamente, Harry acenou com a cabeça bruscamente. "Eu sei que vai. Faz apenas um mês desde a última vez que o vi, e se ele for mau?"

"Harry, seus pais também estão vindo e Bill está com medo deles", brincou Charlie, na esperança de acalmar a jovem fada. "Honestamente, amor, acho que Bill vai se comportar. Ele se comportou bem em nossa festa de namoro."

"Ele só ficou o tempo suficiente para dar os parabéns", lembrou Harry. "Ele nem diminuiu a velocidade no caminho para o flu."

Charlie puxou seu futuro companheiro com força contra seu peito musculoso. "Sabe, você não precisava convidá-lo."

"Eu sei," Harry suspirou alto. "Mas ele é o pai do bebê e é justo que ele esteja aqui para os exames. Eu também quero ficar do lado dele. Se ele quisesse, poderia tornar as coisas muito difíceis para nós."

Charlie cerrou os dentes, ele odiava ser lembrado de que o bebê de Harry não era dele. Para ele, aquele pequenino era dele e de Harry... não de Gui. Era ele quem segurava o cabelo de Harry para trás enquanto ele vomitava todas as manhãs, era ele quem lidava com amor com as mudanças de humor de Harry, e agora era ele quem atendia aos desejos malucos de comida de Harry. Ontem à noite ele aparatou na Londres trouxa para comprar algo chamado Big Mac. Ele não estava familiarizado com o mundo trouxa, então teve que perguntar por aí e lidar com os olhares estranhos que os trouxas lhe lançavam. Não querendo se aventurar novamente, comprou vinte e cinco hambúrgueres e colocou um amuleto de preservação neles.

"Você acha que vamos descobrir o sexo do bebê hoje?" Harry perguntou entusiasmado, acariciando amorosamente sua pequena barriga. Ele estava entrando no quinto mês e, embora ainda não conseguisse sentir o bebê se mexer, agora era possível ver um inchaço perceptível em sua barriga quando não estava usando um glamour.

"Você quer descobrir o sexo?" Charlie sorriu. Esta foi apenas a centésima vez que Harry lhe fez essa pergunta nas últimas vinte e quatro horas.

"Eu... eu não sei," Harry disse pensativo, ainda esfregando a barriga. "Seria muito mais fácil fazer compras e escolher um nome se soubéssemos o que estávamos comendo."

Agarrando a fada, Charlie deu-lhe um beijo longo e apaixonado. "Eu adoro quando você diz nós", ele disse sem fôlego. "Você me fez o homem mais feliz do mundo."

"É bom saber," Sirius resmungou, carrancudo para o par que ainda estava nos braços um do outro. "Os pais estão aqui, chega de porcarias melindrosas, sensíveis e beijinhos."

Corando, Harry olhou para cima e viu seus pais, Dumbledore, Snape, Madame Pomfrey e Gui parados na porta da cabana de Charlie. "Desculpe", ele disse timidamente, recusando-se a olhar para Bill. Ele sabia com cem por cento de certeza que amava Charlie, mas a traição de Bill ainda feria algo ferozmente. Não era algo que ele pudesse superar em apenas alguns meses.

"Nós batemos", Dumbledore riu, os olhos brilhando, "mas quando você não respondeu, seu pai ficou um pouco... preocupado."

"Daaad!" Harry chorou de vergonha. "Charlie e eu... nós não estamos... eu não estou..."

"O que seu filho está tentando dizer e falhando de forma adorável", Charlie riu, resgatando seu companheiro tagarela e de rosto vermelho, "é que ainda não avançamos para o próximo passo em nosso relacionamento. Ainda estou dormindo. O sofá."

Os olhos de Bill brilharam ao ouvir isso. Talvez ainda houvesse uma chance para ele. "Harry, como você está se sentindo?" ele perguntou gentilmente. Talvez se ele mostrasse que era gentil, compreensivo e que estava disponível para ele, ele voltaria para ele. Ele queria desesperadamente Harry e seu bebê.

The Power of Love and Magic, Charlie Weasley  (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora