12.

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Ao fim de tudo, sentei-me cansada para ver o nascer do sol.
A chuva fina descia pelo meu corpo e rastejava lentamente sobre a grama amarelada.

A guerra ainda estava acontecendo, mas já se mantinha estabilizada, nada como no início, mas ainda longe do fim.

Levei os meu olhar vazio até o par de olhos que me observava atentamente, imóvel.

—Helena, o sol está nascendo, preciso despertar e voltar ao meu plano.

Agarrei-a pelos ombros ainda trêmula e cerquei-a com um abraço frágil e firme.

—Estou prestes a morrer, por favor, leve minha história com você. Conte a todos sobre a nossa luta nesse mundo.

Então, ela se afastou, olhando pela última vez para o caos que o conflito havia gerado. Deu algumas voltas em círculos, prestes a voltar a dançar.

—Mas quem é você? –Disse ao rodopiar em direção ao véu que se abria para sua entrada.

Eu sou você.

OS CORPOS DE HELENAOnde histórias criam vida. Descubra agora