A vida em uma viagem

2. Qualunquismo; em italiano: "Qualquer um".

Continuei ali deitada por mais uns dez minutos na esperança de que acontecesse alguma coisa, que ele me atacasse, me beijasse, ou simplesmente falasse alguma coisa, mas ele me deixou curtir o meu momento, a única coisa que aconteceu foi o aparecimento do segurança dizendo que já estava na hora de fechar o terraço, levantei abruptamente, limpei minha calça enquanto o Jhow conversava com o segurança, parece que eles se conhecem a bastante tempo, vejo ele apertando a mão do senhor e caminhando na minha direção. "E ai está pronta?" ele sorri

"Claro, que estou!" Caminho na direção dele, na intenção de dar um beijo nele, mas ele me para com o braço e eu desperto "O que você está fazendo, Lili?", eu olho, passo a palma da mão nos meus olhos " H-han, nada nada, tinha alguma coisa no seu cabelo", minto "Ah ta, preciso te contar uma coisa" ele admite, eu arregalo os olhos esperando ele falar " Então, hm... Eu sou Gay! Você foi a única pessoa que eu trouxe aqui pois me sinto calmo e confiante perto de você" ele diz olhando pro chão, depois de cada palavra, não sei como ainda estou em pé, porque não pensei nisso, ele é G-A-Y, deveria ter pensado nessa probabilidade, mais ele é tão gato e a primeira pessoa que foi tão maravilhosa comigo desde quando eu cheguei, começo a rir loucamente, minha barriga chega a doer. "Te conto que sou Gay, e você começa a rir? Qualé?" ele joga os braços pro alto e sai andando em direção a porta, eu começo a segui-lo "É porque eu imaginei várias coisas na minha cabeça, e eu estava quase te beijando, por isso estou rindo", ele começa a rir junto comigo e nossas risadas se misturam no ar, "E o que você imaginou em senhorita?", começo ficar vermelha, sem saber responder, "Nada demais" Admito, "Agora que você é meu primeiro amigo por aqui, podemos marcar de ir em algum barzinho, ou balada, preciso conhecer coisas novas" pisco pra ele, começo a rir novamente, já estamos na rua, e o frio é de congelar, ele passa o braço pelo meu ombro.

"Eu topo sim, vamos marcar, de sexta tem uma balada super legal, o nome do lugar é Blitz, depois você procura no Google, vou ver qual a programação dessa semana" Ele diz animado, abrindo a porta do carro pra mim, "Obrigada por hoje Jhow, quando chegar em casa manda mensagem!" fecho a porta, ligo o carro, vejo ele caminhando até o próprio carro, aquecendo as mãos, observo as mulheres olharem pra esse homem, ele realmente é aquele homem dos sonhos. Olho pro painel do carro, ligo o radio, verifico a hora já passa das nove horas da noite, foi tão bom que eu esqueci completamente da hora, antes de ir pra casa vou procurar algum supermercado, encosto o carro rapidamente, puxo o celular e abro o GPS, encaixo o celular no suporte e vou seguindo o caminho mais rápido, estaciono o carro da vaga mais próxima da porta, salto do carro, puxo um carrinho e vou nos corredores de bolachas e salgadinhos, depois de dez minutos meu carrinho já está lotado, passo no caixa, jogo minhas coisas de volta pro carrinho e vou direto pro carro, ouço alguém gritando atrás de mim, mas com certeza não é comigo, fecho meu casaco, paro em frente o carro e abro o porta malas, "Moça você derrubou essa sacola no meio do caminho" ela diz me entregando a sacola, olho por trás do ombro, agradeço "Pode deixar aqui mesmo", continuo jogando as coisas no porta malas, está muito frio pra ficar batendo papo no estacionamento de um supermercado, Que diabos essa mulher ainda fica ali parada? Me viro para agradecer melhor e ela continua me olhando "Então... eu esqueci mais alguma coisa?"

"Não não,é que... nossa, você é muito gata!"

"Obrigada" Eu sorrio com as palavras dela, aposto que nessa hora já devo estar vermelha da cor do meu casaco, a onde tem um buraco pra se enfiar agora? Já basta ter passado o tempo com o meu novo amigo Gay, agora uma mulher que é muito atraente diga se de passagem, morena, parece ser oriental, com os cabelos até o ombro, magra, começa a dar em cima de mim. Obrigada São Paulo me ajudando a socializar, sempre!

"Então ta bom, obrigada mais uma vez! A gente se encontra por ai " Fico sem jeito e entro no carro, quando desvio meus olhos para o retrovisor, ela já esta em cima da moto, colocando o capacete. Ual, pessoal por aqui é bem radical, começo a rir.