Capítulo 62

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- Filha! - diz Dalva se aproximando nervosa - Oque aconteceu com ela para estar assim? - Pergunta encarando Marina que sentiu medo ao olhar pra mulher. - Clara..

- Mãe.. eu odeio ele! Odeio muito.  Odeio com todas as minhas forças! - diz Clara se abraçando a mãe.

- Clara pelo amor de Deus filha, para de chorar e me explica oque aconteceu minha filha? - pediu Dalva.

- Ele me flagrou ficando com a Marina mãe.. essa é a Marina.. - diz sorrindo pra adolescente e volta a olhar pra mãe - Mãe, ele a humilhou, a chamou de coisa, de estranha. E ela, a vadia da mulher dele disse que eu sou assim porque é o resultado da minha vivência. Insinuando que a senhora vive se agarrando com Victória na nossa frente.

- Ela teve a audácia de dizer isso? - Pergunta Dalva desacreditada.

- Ela disse, mais mãe, havíamos acabado de sair quando ele nos flagrou. Eu apenas estava beijando a Marina, não estávamos nos agarrando, não estávamos nos esfregando, na safadeza como ele está dizendo.. Ele não tinha o direito de trata-la como uma qualquer, não tinha o direito de desrespeita-la.

- Não ele não tinha. - diz, Dalva acariciando o braço da filha.

Vilma que tinha a filha abraçada em seu corpo observava a cena parando os olhos no menino que estava ao lado de Marina e tira sua própria conclusão já que a Marina era a namorada da Clara, ele só poderia ser o namorado da Bela.

- Vamos embora? - pergunta Dalva olhando pra namoradinha da filha que encara o chão sem graça.

Fábio depois de colocar a esposa no carro retorna pra perto das mulheres e Clara logo e encara.

- Oque faz aqui? Porque ainda não foi embora com sua mulherzinha? - pergunta irritada.

- Dalva precisamos conversar..

- Ela não tem nada pra conversar com você! Ela conhece a filha que tem, sabe que eu jamais estaria me esfregando, com safadeza com ninguém. Oque aconteceu ela já sabe, e sabe através de mim e isso é Oque importa! Agora faz o favor de sair das nossas vidas. Nos esquece, vai bora, finja que não mais existimos porque pra mim você morreu! Mor-reu! - diz Clara alterada enquanto tinha o braço da mãe em sua cintura.

- Dalva, a minha afilha só tem 15 anos. Ela não possui idade para estar assim em situações como essas. Essa meninas não deveria estar se agarrando com uma.. uma.. Dalva, eu não vou aceitar isso!

- Isso oque Fábio? Poderia por favor ser mais específico?

- Eu não vou aceitar minha filha namorar um a coisa dessa! - diz, ele nervoso e Clara arregala os olhos.

- Olhe aqui senhor Fábio, deixe-me esclarecer uma coisa entre nós dois. Essa coisa aqui é a coisa que a minha filha estava beijando certo!? E se a minha filha estava beijando essa coisa, foi porque essa coisa fez por merecer ter a atenção e os carinhos da minha filha, porque a minha filha não possui o costume de sair se esfregando em um ou outro. E você não tem que aceitar porcaria nenhuma. Porque se essa Coisa pedir a minha filha em namoro, ou minha filha pedir a essa coisa em namoro serão as duas quem deverão aceitar e não você, não eu. Nossa obrigação é respeita-las. E saiba desde já que eu não permito que você aborde minha filha dessa forma mais uma vez. Muito menos que se desfaça de seja quem for que esteja com ela.

- Dalva Maria..

- Assunto encerrado! Quando eu chegar eu irei conversar com a minha filha. Se houver necessidade eu te ligo. Não espere por essa ligação, como eu já disse se houver necessidade acontecerá porque eu não me permito gastar tempos preciosos com pessoas insignificantes ao meu ver. Passar bem Fábio! - diz Dalva lhe dando as costas e puxando a filha se vira para Marina - Perdoe-me querida, acabei me comportando como ele quando me referi a ti da mesma forma. Dalva.. a mãe da Clara. - se apresenta oferecendo a mão a Marina que aceita sorrindo timidamente.

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