Capitulo 16

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- Tudo bem.. desde que a mulherzinha dele não esteja presente. - responde Clara bicuda.

- Mais Clara, ela foi a mulher que ele escolheu, ela esta grávida. E a criança será sua irmã minha filha. Você precisa parar para pensar sobre o assunto. A criança não tem e nunca terá culpa do que aconteceu.. - diz Dalva.

- Há não mãe..  já conversamos sobre isso.. - diz Clara a encarando - Do mesmo jeito que eu respeito a Victória e tenho um bom convívio eu terei com qualquer outra mulher que o meu pai arrumar,  mais com a Maria Não! Ela foi falsa, traíra, ingrata. Ela teve um caso com o marido da mulher que lhe abriu as portas, que lhe deu um emprego, que lhe deu uma dignidade. Se a senhora não tivesse atendido um pedido de uma velha amiga da vovó ela continuaria lá na vidinha sofrida dela, não ostentando com o marido roubado da própria patroa. Eu aceito qualquer pessoa com ele, menos ela! - disse decidida.

- Compreensível..  - diz Ingrid sorrindo pra neta.

- Então, vamos mudar de assunto.. - diz Cora se ajeitando na cadeira - Me diga Dalva, oque pretende para o evento da empresa esse ano? 

- Deixarei por conta de vocês.. Não gosto disso mãe, só vou por obrigação. 

- Todo ano é a mesma coisa, agradecimentos, algumas palestras, alguns advogados que foram destaques no ano, músicas e comes e bebes para os funcionários e a família e é isso..  

- Acho que deveriam sei lá, abrir novas oportunidades. 

- Que tipos de oportunidades? - pergunta Ingrid.

- Estágios para estudantes. Tipo, a irmã da Victória. Ela tem 17 anos, terminou a escola e faz pré-vestibular, a mãe quem paga. Ano que vem inicia a faculdade de pedagogia, então porque não dar uma oportunidade a ela de sei lá, secretaria meio expediente? Ou então modifique, coloque no lugar daquelas três recepcionistas de entrada. Já seriam seis esgudantes empregados. Três de manhã e mais três a tarde. Mais Tipo, poderia colocar só para estudantes com boas notas. Seria uma forma de dar a eles uma chance de crescer. Porque pensem comigo. Uma aluna de escola publica, que tem boas notas, a mãe não tem condições de pagar uma faculdade. Imagine essa menina ou menino com sonhos, tendo a chance de poder arcar com seus estudos rumo ao próprio futuro? 

- Uau.. , gostei disso! - diz Cora sorrindo. 

- Falou em estudantes tocou no coração de Mamãe..  - diz Dalva sorrindo. 

- Porque?

- Eu era professora de Português..  - responde Cora orgulhosa de si - Me aposentei há dois anos. - se explica.

- Então.. gostaram da minha idéia? - pergunta Clara observando a irmã e a Ivy brincando animadas.

- Sim.. uma excelente idéia. Eu mesma me responsabilizarei de ver tudo direitinho, me reunir com todos, e ver oque poderemos fazer.. Mais eu acho que..  seis vagas não poderemos abrir. Será muito gasto. 

- Mais eles ganharão a metade do salário.. 

- Sim.. e também vale transporte e tickt de alimentação e refeição.  

- Talvez eles tenham que sair da escola direto pro serviço e é melhor nos certificados de que eles possuam a alimentação boa e saudável. Temos um restaurante logo em frente a um bom custo. - diz Dalva -  Eu bem que gosto de ir lá quando não vou em casa. A comida é uma maravilha.. 

- Ok, vamos ver direitinho.. - diz Ingrid - Dalva, venha me ajudar a buscar as coisas lá em cima? Vem também Clara, está na hora das crianças comerem.

Mãe e filha se levantam e vão atrás da matriarca deixando Victória e Cora a sós.  Mais não era algo ruim, Cora já havia demonstrado o quanto era a favor do romance da filha.

Mais que uma secretária..Onde histórias criam vida. Descubra agora