enough

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boa noite safadass

demorei um pouco, mas voltei!!

no capítulo anterior eu recebi um feedback daora sobre o foco na saúde mental do kaveh, então, eu resolvi aprofundar mais nisso para a história não ficar TÃO focada em putaria.

avisos importantes:
- uma cena desse capítulo foi inspirada por essa arte fixada ali em cima;
- a trama do tighnari, cyno e collei foi inspirada na história "Until the last flower withers" da Boli_Chan (LEIAM, eu sou completamente apaixonada nessa história!!).
- ⚠️⚠️ esse capítulo aborda um tema que pode ser um pouco sensível, já que vai indiretamente mostrar algumas das inseguranças do kaveh. se você não estiver se sentindo confortável, pare de ler!! no próximo capítulo vai ser putaria, então fique tranquilo ;)

obrigada pelos comentários lindos, fico feliz que tenham pessoas que gostam dessa história ❣️

boa leitura!

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No mesmo dia que Kaveh passou pelo maior pico de estresse de sua vida, Alhaitham imediatamente o comunicou que no próximo dia, visitariam Tighnari. Apesar de ter precisado lidar com a teimosia do loiro que insistia em estar bem, ele conseguiu o convencer e, assim, no dia seguinte estavam a caminho da pequena floricultura no centro da Cidade de Sumeru.

Apesar de Tighnari ser apenas um botânico e recente formando do Amurta, ele tinha mais conhecimento sobre saúde do que a maioria dos médicos da cidade. Apesar de não ter um diploma de medicina ou farmácia, o garoto tinha experiência o suficiente para saber o que recomendar em cada caso de doença. Por esse motivo, já estava acostumado a receber visitas doentes em sua floricultura, o questionando qual seria o melhor tratamento para cada enfermidade.

Quando os dois colegas de casa chegaram até o estabelecimento, foram recepcionados pelo barulho familiar do sininho da porta e o cheiro reconfortante das flores bem cuidadas que ficavam expostas. Nas paredes, ficavam pendurados alguns saquinhos de alfazema que serviam como bom cheiro, o que distraiu Kaveh que se aproximou deles enquanto Alhaitham continuou andando até o balcão.

Estranhou não encontrar ninguém na recepção, já que Tighnari não costumava deixar a floricultura sem o cuidado de alguém. Porém, quando se aproximou, encontrou uma figura minúscula de cabelos verdes encolhida no banco enquanto tentava ler uma carta em voz alta.

Percebendo que ela parecia estar distraída demais para notar sua presença, ele pigarreou sem nenhuma discrição, assustando a garotinha que derrubou o pergaminho no chão sem querer.

— Boa tarde! — Após levantar o rosto corado de vergonha, ela demorou alguns segundos para perceber quem era o rapaz com quem conversava. Quando o reconheceu, abriu um sorriso de canto a canto e subiu em cima do banco. — Tio Haitham!! Tio Kaveh!!!!

Kaveh voltou a prestar atenção ao seu redor quando ouviu seu nome sendo chamado. Demorou apenas milésimos de segundos para reconhecer quem o chamava para então correr até ela.

— Collei!!!

Sem preocupações, passou para trás do balcão e pegou a garotinha no colo, dando um beijo na bochecha dela e recebendo vários outros em troca.

— Tio Kaveh, o Tio Cyno enviou essa carta pra gente, eu estava tentando ler mas eu não consigo entender uma parte, você pode me ajudar? O Nari foi lá para dentro e me deixou aqui, ele falou pra eu me distrair lendo a carta do Tio Cyno mas eu não consigo, será que el-

— Sim, meu amor, eu ajudo você. — Kaveh precisou interrompê-la antes que a menina ficasse sem ar, quase tropeçando em suas próprias palavras.

Chegava a ser curiosa a personalidade de Collei nos tempos atuais. Quando ela chegou até Tighnari após ser resgatada pelo General Mahamatra Cyno há alguns anos atrás, ela mal conseguia proferir uma palavra diante de outro ser humano. Foi necessário muita paciência, amor e zelo para fazer a garota voltar a confiar nas pessoas a sua volta e, hoje em dia, ela se sentia confortável em conversar com seus conhecidos até faltar ar de seus pulmões.

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