Perdão

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As três mulheres - Miranda, Donna e Alcina - voltam ao castelo que felizmente saiu ileso da luta. Miranda é a primeira a entrar e avista uma empregada que estava se esgueirando. A empregada congelou com o rosto pálido quando viu sua senhora olhando para ela.

"Traga-me minhas roupas e vou fingir que você não violou o toque de recolher, nova recruta", ordena Alcina e a empregada mal inclina a cabeça por cortesia antes de desaparecer de vista.

"Por que você trata suas criadas como escravas?" Donna pergunta seriamente enquanto fecha as portas da frente. Alcina apenas encolhe os ombros depois de pensar por um momento.

"Força do hábito."

“Qual é um hábito que você vai consertar imediatamente, certo Alcina?” Miranda pergunta com um olhar de advertência. A mulher alta enrijece com os olhos arregalados antes de assentir vigorosamente.

"Claro, mãe Miranda." A mulher alada acena com a cabeça antes de gesticular para os outros dois segui-la até o hall de entrada. Ela permanece de pé enquanto suas filhas se sentam frente a frente nos sofás ao lado da lareira.

"Vou deixar vocês dois conversando um pouco. Não tentem acordar a vila inteira de novo", diz ela com um sorriso que pretendia ser um aviso. As filhas acenam com a cabeça e Miranda sobe as escadas antes que o único barulho ouvido seja o crepitar do fogo. Donna cruza os braços, desviando o olhar da mulher nua que pelo menos tentava mostrar um pouco de decência e se cobrir com um cobertor.

Os dois permanecem estranhamente silenciosos enquanto ambos olham para o fogo.

"Eu-" Alcina começa.

"Você-" Donna diz ao mesmo tempo. Eles trocam um breve olhar antes de desviar o olhar mais uma vez. Donna aperta os lábios em uma linha, decidindo não falar primeiro.

"Eu..." Alcina diz mais uma vez antes de suspirar. "Peço desculpas..." Donna fica intrigada, mas esconde bem, apenas olhando de soslaio para a outra mulher. Quando se segue outro silêncio, Donna fica impaciente.

"Isso é tudo?" Ela pergunta estreitando os olhos.

"O que mais há a dizer? Pedi desculpas, então aceite", a outra mulher responde teimosamente.

“Você já vai parar?!” Donna pergunta, sua voz aumentando enquanto ela vira a cabeça em direção à irmã.

"Com licença?" Alcina responde, aparentemente sem entender o que precisa parar.

"Você está agindo como uma criança, Alcina. É realmente tão difícil admitir todas as coisas erradas que você fez?! Ou você fez tantas coisas ruins que não consegue mais se lembrar de nenhuma delas?"

“Você já disse todas as coisas que eu fiz durante a nossa briga. Não posso simplesmente pedir desculpas e acabar com isso?!” Alcina pergunta com raiva. Donna se levanta, sentindo sua raiva tomar conta dela enquanto seus olhos se contraem.

"VOCÊ-"

"E-com licença!..." diz a empregada de antes, parada do lado oposto da lareira com o corpo todo tremendo. As irmãs atiram a cabeça para a garota que engasga e congela no lugar.

"Você trouxe minhas roupas?" Alcina pergunta retoricamente, já vendo o grande tecido nos braços da empregada.

"S-sim!"

Alcina se levanta e vai até a empregada que estica o pescoço com um olhar de medo. A mulher pega as roupas e começa a se vestir enquanto a empregada fica parada, sem saber o que fazer.

“O que você me diz, Alcina?” Donna pergunta presunçosamente com os braços cruzados.

“Você pode ir embora, empregada”, diz Alcina sem olhar para nenhuma das pessoas. Justamente quando a empregada começa a se afastar, a mão de Donna agarra seu braço.

The Illusionist And The DragonOnde histórias criam vida. Descubra agora