Capítulo 06

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Nota: Desculpa demora a atualizar essa história, feliz ano novo a todos que acompanham essa fanfic, sinto muito a demora. Boa leitura, desculpa qualquer erro de português. 






A noite de chuva forte parou quando amanheceu, o tempo continuava o mesmo com tom apático, sombrio e nebuloso. Doflamingo tinha observado a noite toda S/n dormir como se esperasse que algo estranho acontecesse com sua companheira (ele sempre esperava algo acontecer). Saiu da paróquia cedo, recebendo uma mensagem pela sua tatuagem de sangue do seu irmão mais novo. Olhou para o seu pulso coberto pela manga longa da batina, tinha que achar logo o líder da seita que estavam escondidos em Dressrosa, sabiam que eles não eram santos e fiéis a igreja, apenas criaturas, filhos todos de um mesmo pai; Leviatã. Chamados de sombreares, eles desejavam trazer ele de volta para a terra, como os vampiros e as bruxas compartilhavam o poder de proteger o mundo do Leviatã, eles estavam sendo massacrados rápido demais, a rainhas das bruxas já não despertava há séculos, ela tinha um poder além da compreensão para salvar a terra.

Tudo estava se tornando um pandemônio sem fim. Doflamingo suspirou lembrando que ficou preso com os padres no auge da guerra da Aurora, sofrendo todo o tipo de tortura e maldições. Por sorte escapou com vida há vários anos, devido a uma falha dos paladinos que transportavam ela para outro lugar. O loiro nunca entendeu bem, por que não o mataram. Doflamingo podia ver a verdade sobre os padres, os filhos do Leviatã usavam seus corpos como cascas usando para invocar seu pai, que estava preso. Por isso, quando voltou para o reino dos vampiros, os contou tudo o que aconteceu com ele.

Todos os necromantes bruxos (os únicos que podiam matar o Leviatã) estavam mortos, os "padres" mataram todos o clã dos bruxos necromantes. Despertou dos seus pensamentos quando o barulho da sineta da porta da padaria tocou, olhou para os lados e caminhou para dentro da mesma fingindo comprar pão. Tinha que se misturar entre os humanos para os paladinos não desconfiar dele. Levou seus dedos para frente do seu nariz, o cheiro da comida humana era tão asqueroso que fez seu estômago embrulhar, lembrando das vezes que rejeitou a comida que sua humana tinha feito para ele. Ele sente fome, mas, era dela.

A única coisa que o seu estômago conseguia digerir era vinho, o resto tinha o pior gosto possível.

Uma senhora que pediu seu pão, estava pronta para sair, curvou-se na frente dele, pedindo a sua benção. Ele a "abençoo", certamente ela teria uma noite terrível de insônia. Tinha aprendido a se disfarçar como padre observando os mesmos no tempo que estava preso. Olhou para frente ajeitando seus óculos, um pouco incomodado com o cheiro repulsivo. Um senhor velho e robusto com suas bochechas rosadas cobertas de sardas, sorriu assim que virou para frente encontrando o novo padre da cidade.

— Benção padre, o que deseja? — Coçou o seu nariz mesmo que sua natureza odiasse o cheiro, seu faro aguçado conseguia distinguir todos os ingredientes que flutuavam no ar. Olhando para todos os tipos de pães, massas e etc. Encontrou um que possivelmente sua companheira gostaria. Elevou seus longos dedos apontando para aquela massa que nunca provou, ou provaria.

— Quero esse, com nozes e canela. — Falou simplista, olhando pelo estabelecimento pela primeira vez, organizado e limpo as paredes pintadas de branco com um desenho de pães na cesta no centro. Franziu o cenho quando o padeiro soltou uma risada pegando o pão com uma pinça brilhante de prata.

— O finado padre Rules, sempre comprava esse pão para a menina! — Doflamingo desceu seus olhos para o papel com pão quente, vendo uma fina fumacinha subir com seu cheiro horroroso. Ficou próximo do balcão deslizando uma moeda de ouro para o velho. Sentiu sua tatuagem nas costas arder irritavelmente. Virou seu rosto na direção da rua, vendo para a vitrine de vidro um homem estranho passar na frente conversando com outra pessoa vestido com roupas iguais. Frisou seus lábios, sentido o poder da igreja emanar do homem que ria e conversa com o parceiro.

Doflamingo aproveitou a distração do padeiro, e restringiu seu poder o tornando um humano quase comum. Ele usou sua unha afiada para cortar a palma da sua mão fazendo um desenho de uma runa de restrição o que machucava sua pele e ossos. Pegou o pão, e andou para fora da padaria. Quando seus pés pisaram fora um grito horripilante cortou a cidade, o padre riu torto. Olhou para a pequena multidão que se encontrava em uma ruela aos fundos da loja de vestimentas.

Seus passos lentos pararam em sua distância segura. Fitou o homem que fazia sua runa de proteção arder com preocupação. Geralmente, não eram muitos paladinos que tinham poderes fortes o suficiente para fazer sua runa queimar. Estudou o guerreiro da seita que matava as espécies "pagas" como eles chamavam. Suas presas formigaram ficando pronto para atacar e beber o sangue do mesmo.

Aproximou-se, estudando os murmúrios e pânico das pessoas que olhavam para o cadáver seco com seu rosto lívido e monstruoso. O vampiro segurou a sensação de gargalhar sob o aroma mais delicioso e deleitoso que poderia cheirar: O medo. Olhou para o maldito guerreiro da seita virar para o homem ao seu lado, encarando com pavor furioso a prostituta morta, seca e esquelética como uma múmia. Interna seu corpo se contorcia de prazer de trazer medo aos humanos tolos.

— Padre Donquixote! — Todos os rostos viraram na direção do padre, ele sorriu para os cidadãos assustados como sua ovelhinha. Fixo de canto para o paladino da igreja que o estudava curioso. Era a primeira vez que se encontravam, o loiro caminhou para frente os humanos abriram caminho para o mesmo, que fazia sua batina deslizar. Parou na frente do corpo da mulher, juntou suas mãos em uma falsa reza amaldiçoando a morta. A polícia não demorou a chegar no local junto com o médico da cidade com seus ajudantes levando a mulher para longe da multidão.

Doflamingo olhou para o tempo caótico e nublado da cidade de Dressrosa, segurava o pão vendo a multidão se afastar. O possível líder do núcleo da seita nefasta da Ordem da Luz eterna, aproximou-se dele como seus olhos astutos como de uma raposa faminta, pronto para ler as entrelinhas que o "padre" escondia sobre sua camada falsa. Deixou seu rosto impassível, porém, seu runa de proteção ardia como várias picadas de vespas.

— Bem-vindo padre, soube que Rules tinha morrido, ainda não visitei a adorável S/n para consolá-la. — O vampiro, encarou o rosto do homem. — Me chamo Vesper Hallowbrook. — Doflamingo, olhou para a mão estendida na sua direção, quase virou o rosto com o cheiro insuportável de prata. Amorteceu sua expressão quando o loiro pegou na mão do paladino.

Vesper é um homem tão alto quanto o padre, um rosto angular com a mandíbula forte e nariz reto. Havia uma postura aristocrática, que fez o vampiro buscar na sua memória de conhecer um Hallowbrook. Seus cabelos negros como meia-noite caiam em cachos perfeitamente arrumados até seus ombros. Sua pele lembrava uma porcelana cara, duas esferas frias de sentimentos brilhavam em um tom azul. Seus trajes simples, não faziam jus a sua família nobre que vinha da Inglaterra e ao sangue azul que corria em suas veias.

A dor que a prata fazia Doflamingo sentir corroeu até seus ossos, o fez engolir um rosnado animalesco para o homem que parecia alheio ao sofrimento dele.

— O senhor Hallowbrook, conhece a senhorita S/n? — O moreno apenas sorriu em arrogância, soltando a mão dele fitando a pele imaculada da mão do padre. Vesper concluiu que ele não era um pagão.

— Sim, ela é uma boa mulher para casar-se! Acha que deveria pedir a mão dela em casamento padre? — Virou para o rosto do clérigo presunçoso, Doflamingo tinha passado no seu teste. Contudo o padre tinha uma aura perigosa e intimidadora como um predador que irritava Vesper.

— É ela é uma boa mulher... Hum. — Vesper pediu licença quando alguém o chamou para ir a clínica da cidade. Deixando o vampiro furioso para trás, sentindo o veneno da prata corroendo seus ossos. — Desgraçado. — Murmurou quando sentiu sua runa de proteção ajudando o seu corpo a lutar contra o envenenamento. Virou para andar de volta para a paróquia, estava vulnerável.

Sacrilégio - Imagine Donquixote DoflamingoOnde histórias criam vida. Descubra agora