(🕷) CAPÍTULO DOIS ⸻ MALDIÇÃO DE CALYPSO

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ATO DOIS

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ATO DOIS. MALDIÇÃO DE CALYPSO

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O amor não deveria ser egoísta. Ao invés disso, jorra altruísmo, cuidado, lealdade e — acima de todos eles — é traçado na alma, em um ato divino.

É o pedaço da capacidade humana que une mortais e seres divinos em um banquete de entendimento mútuo, pouco importando palavras a serem usadas por seus corações irradiarem a flâmula do amor.

Se ele dói, lateja e queima mas o efeito se dilui ao ser consumido, não é amor, é desejo. Se não pode ser sustentado por uma só alma, não é amor, é anseio. Se ele se desfaz diante dificuldades, não é amor, é passageiro. Se ele ocupa a mente, causando intoxicação, não é amor, é obsessão. Se ele açoita, sufoca e abate como um furacão a ponto de adoecer, não é amor, é paixão.

Definir é inconstante. É mais fácil julgar o que não é amor. É desejo, anseio, parece passageiro — mas não é —, é a paixão parcelada a períodos de turbilhões de calmaria. Por vezes, alude a obsessão para se revelar mero cuidado.

É tudo e mais um pouco, ninguém poderia definir, a confusão, talvez seja essa a razão de corações partidos, rasgados. Seria o amor o fruto disso ou a mera confusão do verdadeiro conceito?

Em tempos imemoriais, nem mesmo os deuses teriam um consenso. E, quando o Olimpo ecoava com o riso dos deuses e as ondas do mar dançavam ao ritmo da divindade, uma ninfa singular deslumbrava os corações e ela, crendo portar a resposta na ponta da língua: Seu nome era Calypso, uma musa das águas cuja beleza rivalizava com a própria aurora.

Calypso, com sua pele translúcida banhada pela luz do sol, residia em uma ilha isolada no oceano vasto, onde as palmeiras sussurravam canções de amor e os pássaros entoavam melodias de encanto. Sua morada era um éden inexplorado, um refúgio paradisíaco intocado pelo tempo. A própria ilha, imersa na magia da ninfa, florescia em esplendor e harmonia.

Os ventos sussurram histórias de seus olhos, tão profundos quanto os abismos marinhos, e de sua voz, capaz de acalmar até as tempestades mais ferozes. Calypso, a senhora da ilha, não era imune aos sortilégios do amor, o destino resolveu testá-la, pôr a prova tamanha sabedoria em relação ao amor ao ter guiado o herói Ulisses até os confins da ilha.

MY GIRLFRIEND IS A WITCH ⸻ OSFERTH  ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora