O cheiro do sangue dele

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Acordei às três da manhã sentindo o beijo o Jorge nos lábios. Me senti uma péssima pessoa por isso, isso era errado se várias formas, mas nem isso eu sabia resolver.

Me levantei e li a resposta do Neville "... acho que pode existir algum documento no Departamento da Confederação Internacional dos Bruxos ou no departamento de Cooperação Internacional em Magia, ambos têm acesso aos Ministérios do Mundo inteiro. Mas não acredito que você-sabe-quem conseguirá chegar tão longe, então acredito que podemos focar na Grã-Bretanha primeiro. É melhor assim se não você vai enlouquecer. Precisamos de mais pessoas para esse plano. Perdão pelo sumiço, chá das 5."

Não respondi, iria pensar nisso depois.

Mas o depois não aconteceu. Passei horas assistindo minha tia cantar e comecei a murmurar o canto. Comecei a ignorar Sophia no duplo, não tava afim de brincar de sacanagem escrita com ela, nada estava me entretendo.

Ouvi um som e uma voz estranha vindo da sala, do meu quarto eu não entendi muito bem.

- Sophia!? - Falei ao descer as escadas e vê-la saindo da lareira.

- Hey, qual o seu problema? - Indagou a amiga que estava com sacolas nas mãos, ela vestia um terninho verde. .

- Eu estava dormindo. - Menti.

- Mentira. Para de se masturbar e vamos comer uma torta. Trouxe purê de cenoura com macarrão de abóbora e suco de melão. - Falou ela mostrando a sacolas.

Meu irmão que estava no sofá fez uma careta indignada negando com a cabeça.

- Boa ideia, eu tinha me esquecido que eu podia me auto satisfazer.

- Impossível. - Brincou a amiga. - Ou você está azarada, meu amor.

- Eu preciso comer mesmo. - Falei pegando as sacolas ignorando o assunto bobo.

- Ou ser comida. - Brincou a amiga com um sorriso malicioso.

- Eu vou fingir que não ouvi essas merdas. - Falou Junior se levantando do sofá indo pegar um casaco no varão da porta.

- Onde você vai sozinho? - Perguntei.

- Não interessa. - Respondeu ele friamente.

Achei estranho porque ele não costumava ignorar Sophia, mas ele a desprezou.

- Você é de menor ainda...- Retruquei.

- E isso já te impediu alguma vez? - Indagou com um sorrisinho sarcástico.

- Não.

Ele tinha razão.

- Então também não impede a mim.

E saiu bufando batendo à porta. Achei estranho, ignorei.

- O que deu nele? - Perguntou Sophia intrigada.

- Não sei e não quero saber. - Respondi indo para cozinha.

- Ta todo mundo ficando meio merda, não é?

- Acho que sim, eu não sei mais o que fazer, preciso esquecer de tudo por um tempo. - Respondi colocando as coisas sobre a mesa. - Férias dessa insegurança e dos planos que eu não consigo definir direito.

- Podemos ir pro Havaí pegar umas gostosas locais. - Falou a amiga abrindo as sacolas sobre a mesa, pegando os potes com comida.

- Não tô no clima de farra.

Peguei minha varinha e conjurei pratos e copos para nós.

- Que pena. Tava querendo ir dançar. - E se sentou à mesa.

 ⭒๋࣭ 𓆗 O último Lado da Sonserina [7] 𓆗⭒๋࣭ Onde histórias criam vida. Descubra agora