A explosão no Ministério Pt 2

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A luz do ambiente mudou rapidamente após as labaredas baixarem, dei de cara com um vasto saguão cheio de pessoas.

Entrei em pânico.

Fiquei parada metros a frente da lareira de entrada, atrapalhando o ir e vir de vários bruxos que chegavam para mais um entediante dia de trabalho, era óbvio pelas suas feições tristes e cheias de olheiras. Sophia apareceu logo atrás com a mala e me observou um pouco assustada.

- Sua mãe não tem essas expressões.

- Meu Deus, Sophia, eu não pensei em como explicar sobre você caso algo dê errado, não combinamos nada disso. - Eu só pensava na lembrança da minha mãe, parecia rápido e fácil, mas obviamente não era.

Ela sacudiu os ombros me ignorando, e começou a me analisar melhor.

- E sua mãe é bem baixinha, né? Que fofa, olha essas bochechas... - E tentou passar a mão no meu rosto.

- Sophia..!

- Não! Não me chame assim. - Ele afirmou ficando mais sério e retomando uma postura confiante. - A gente consegue, a gente consegue...

Eu precisava apenas seguir o plano, fazer o mesmo caminho que minha mãe. Era fácil .. não era?

- Será que tenho que cumprimentar a todos igual ela faz? - Me perguntei e. Voz alta. - Eu não sei o nome dessa gente!

- Relaxa, não precisa falar o nome. - Me tranquilizou Sophia, se posicionando para seguir em frente, aparentemente ansioso.- Eu vou ficar bem sério, se alguém perguntar apenas diz que sou assunto sigiloso, do Departamento de Mistério.

- Ah, verdade. - Com o tamanho nervosismo eu em me lembrava do trabalho da minha mãe.

Relaxei um pouco e segui o caminho até o fim do vasto saguão. Não sei se eu estava com uma expressão tranquila, mas aos poucos eu consegui discimular melhor.

- Sabe. - Resmungou Sophia no meu ouvido. - O andar da sua mãe é mais bonito, e a saia não está curta o insuficiente.

- Ca-la-a-bo-ca! - Sibilei entre dentes tentando me ater aos olhares simpáticos que vinham a frente. - Oi, bom dia.- Cumprimentei um homem de terno que acenou com a cabeça.- Bom dia, moça. - Falei a uma jovem que me deu tchau.

- Moça? Ahh, Chloe, pare. - Debochou a amiga.

Eu só não xinguei Sophia porque tinha muita gente na nossa frente e piorou quando nos aproximamos do elevador. Tudo muito estranho, pois minha mãe disse que aquele horário estaria mais vazio.

- Agora fudeu.- Reclamei baixo ao me aproximar da fila.

- Fica calma. - Falou Sophia observando o ambiente. O que não ajudou muito, ela era muito alta e estranha para todos.

Parei na frente de um grupo que estava em silêncio e me dei conta que havia muitos detalhes , erros, possíveis falhas, que eu deveria ter pensado naquela semana, mas o colar me distraiu.

- Chloe, é você? - Me chamou uma voz nas costas, me fazendo ter um pequeno taquicardia. Eu reconhecia aquela voz.

- Ah. - Resmunguei ao olha-lo. - Sr. Wea... Arthur, quanto tempo. - Parece que ele se convenceu, principalmente quando toquei em seu ombro carinhosamente. - Como está Molly e as crianças?

Ele olhou para minha mão em seu ombro e sorriu ruborizando. Eu achava intrigante esse poder estranho da minha mãe em deixar as pessoas encabuladas, e decidi utilizar.

- Está, estão , todos, ótimos. - Ele respondeu meio surpreso, meio tímido, meio gaguejando. Se via as olheiras bem evidentes, parecia até que tinha envelhecido desde a última vez que eu o vi. - Amanhã eu não venho, não sei se sabe.

 ⭒๋࣭ 𓆗 O último Lado da Sonserina [7] 𓆗⭒๋࣭ Onde histórias criam vida. Descubra agora