A carta a lembrança e a Penseira

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Ao embarcarmos em King Gross o clima de medo e luto ainda pairava nos rostos de todos os pais e alunos, ninguém sorria. Se via aos montes abraços de familiares em pânico, consolando os filhos angustiados pela perda do Diretor.

E eu ali, vendo, sabendo sobre Snape e toda verdade, sentindo uma angústia ainda maior.

- Vamos marcar um almoço? - Perguntou Neville. Sua avó ainda não tinha chegado.

- Vamos. - Respondi sem pensar muito.

- Bistrô Mago. - Respondeu Sophia pensativa. - Restaurante bruxo no norte de Londres, Neville usa ele para ir para casa, não é?

- Exatamente. - Respondeu o amigo descontraído. - Vovó não gosta de aparatar comigo, a primeira vez foi catastrófico, então ela pega um táxi de luxo, coisa que ela detesta mas disse que acha mais elegante e limpo , vamos até o restaurante e de lá para casa, nossa lareira é conectada com ele.

- Chave de portal?- Perguntei ainda distraída preocupada com todos ali na plataforma.

- Eu vômito também, ela tem nojo.

- Poderia pegar o ônibus bruxo. - Indicou Sophia.

- De dia o Ligthbus não agrada minha avó, ela disse que é sujo.

- Não discordo, eu li nos jornais que vive sobre inspeção.

- Exatamente. - Respondeu Neville.

- Eu não conheço. - Falei pensativa começando a sentir agonia por estar ali.

- De noite tem o Noitibus que muitas vezes é usado como um hotel itinerante. - Informou o amigo.

- Hum, essa eu não sabia. - Falei.

- É relativamente recente, tem uns 40 anos só.

- Bom, não vejo meu pai nem minha mãe. - Falei emocionanda, olhando para baixo.

- Jenna , você ainda tem seu irmão. - Falou a amiga passando a mão no meu ombro.

- É, ele deve estar por aí.

- Eu vou procurá-lo , você não está bem e vamos para casa com você, ok? Seguiremos o que você determinar. - Falou Sophia se afastando.

Eu não tinha um plano, mas sabia voltar para casa andando, pelo menos eu sabia perguntar o nome da rua caso eu me perdesse.

- Hey, Jenna. - Falou Neville se aproximando. - Foi muito bom o tempo que passamos juntos e... fico feliz que vamos continuar assim.

- É, parece que sim. - Murmurei forçando um sorriso.

- Você tem muito que me ensinar ainda. E eu a você. - Falou com um sorriso contido que eu no fundo torci pra ser malicioso. - Se for na minha casa você vai entender quando entrar no meu quarto .- Eita, ouvir isso me animou. - Você vai ver alguns rádios e pôsteres de cantores, ensino você a dançar.

Puts, um anticlímax típico da inocência dele. Eu ri de desespero, não tem como ficar séria vendo o jeito bobo e gentil do Neville se expressar, confesso que a vontade que eu estava de agarrá-lo voltou e não seria ruim sentir o peso dele sobre mim.

- Hum. - Murmurei mais animada me aproximando do seu rosto. - Eu adoraria.

Ele aproximou e me deu um pequeno beijo.

- Até ele!? - Falou uma voz atrás de mim.

- Ah, você está aí. - Falei pro meu irmão quando olhei para trás. - Vamos ter que ir andando. - Avisei ao Junior, mas antes de partir eu abracei Neville que gentilmente me deu um beijo na testa ante de me largar.

 ⭒๋࣭ 𓆗 O último Lado da Sonserina [7] 𓆗⭒๋࣭ Onde histórias criam vida. Descubra agora