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Vai tomar no cu!

Eu não tenho mais ninguém!

Perdi meu equilíbrio, perdi meu motivo pra continuar lutando, perdi o único ser que me amava acima de todos e abaixo de Deus! Deus? Na moral, porque eu? Por que o Senhor me deu esperança de que ela poderia ser salva dessa porra de câncer?!

Minha mãe, minha coroa...te amo, aonde você estiver!

— Sinto muito, senhorita. Mas infelizmente precisamos mandar o corpo para a necropsia — um médico tocou meu ombro que eu já fiz questão de me esquivar

— Não encosta! Vou deixar meu número aqui, se precisar me ligar — sai de lá caminhando pra fora do hospital

Eu queria estourar a cabeça de alguém só pra ver se a dor passava, nem que fosse por uns milésimos. Quando eu menos vi, já senti uma lágrima escorrendo.

— Porra...— sussurrei limpando meu rosto

Entrei no carro e fui diretão pra casa, como fui no carro dela ele era todo decorado com fotos nossas oque só me fez sentir mais raiva e socar o volante.

Quando cheguei, estacionei de qualquer jeito. Abri a porta de casa e fui tirando minha pistola, o rádio e o fuzil. Corri pro banho e marquei um dez ali sentindo meu corpo relaxar...eu só queria minha mãe, eu tô me sentindo como uma criança quando se machuca e precisa da mãe pra por um curativo, mas eu não tinha mais ela...ela não poderia me ajudar a curar esse buraco no meu peito.

Eu me troquei e me joguei na cama, e dormi.

[...]

Acordei com alguém me chamando, quando abri os olhos vi a imagem do Nando.

— Vem cá — me puxou pra um abraço me dando o conforto que eu precisava, Nando era um cara foda! E desde que vim parar aqui dentro, ele cuidou de mim como uma filha — descansa a mente, não precisa ir pra boca hoje não.

— Eu tenho que ir, Nando. Sou gerente, já chorei, tô querendo morrer mas preciso arrumar meu dinheiro! Agora que ela me deixou, tenho que lutar por mim...— falei deitando minha cabeça no peito dele

— Sabe que pode contar comigo né, filha? E tá ligada que eu te amo né? — eu sorri confirmando com a cabeça

[...]

Eu dormi de novo com a cabeça no colo do Nando, quando eu acordei ele continuava lá mexendo no celular e fazendo carinho no meu cabelo. Quando viu que eu tinha acordado largou o celular e continuou o carinho na minha cabeça.

— Vamo trabalhar! — levantei rápido me causando uma tonteira

— Comeu alguma coisa hoje?! — se preocupou quando eu neguei com a cabeça

Ele meteu a mão no bolso pegando um barrinha de cereal me entregando.

— Come isso antes que eu te mate, malucona — falou pegando o celular dele mandando um vapor trazer uma marmita

— Eu vou pra boca, cá. Tô bem! — Nando me puxou pra cama de novo me deitando no colo dele

— Deixa de ser teimosa, quenga! O pai aqui vai cuidar de tu, pow. Tu sempre vai ter eu aqui, Aninha — só ele me chamava assim

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⏰ Última atualização: Jan 30 ⏰

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