▪︎ CAPÍTULO 4

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JENNIE RUBY JANE

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JENNIE RUBY JANE

UM MÊS E ALGUNS DIAS DEPOIS…

Morávamos a duas quadras de onde ficava o restaurante e hoje, por ser sábado, minha mãe foi mais cedo, e eu fiquei de ir um pouco mais tarde. Assim que terminei de me arrumar, tomei meu café da manhã e segui a pé para o estabelecimento. Queria andar, até para espairecer um pouco, afinal, nos últimos dias, vinha desconfiando que minha mãe estava escondendo algo de mim.

Atravessei a rua e continuei andando pela calçada, pensativa. Mais à frente, observei o pessoal correndo pelo calçadão e outros pela orla da praia. O mar se encontrava bastante agitado, não muito diferente dos outros dias.
Nosso restaurante ficava do lado oposto da praia, o que proporcionava uma visão privilegiada não só para nós, mas para os nossos clientes também. O dia estava ensolarado e bem convidativo para aproveitá-lo em meio à praia se exercitando ou apenas curtindo com a família e amigos.

Sacudi a cabeça ao ouvir uma buzinada e olhei para o lado, deparando-me com alguns caras mexendo comigo ao passarem de carro. Revirei os olhos, voltando a minha atenção para o meu percurso, e não demorei chegar ao meu destino. Empurrei a porta dos fundos de vagar e entrei. Estava tudo silencioso e andei pelo corredor
onde ficava a sala, que minha mãe considerava seu pequeno escritório
e resolvia todas as questões do estabelecimento.

— Não quero que a Jennie saiba disso. — Freei meus passos ao ouvir dona Jane falar e notei seu tom entristecido.

Dei mais um passo à frente, evitando fazer qualquer barulho, e observei através do vão da porta que estava entreaberta. Ela e Jun conversavam e, pelo semblante abatido da minha mãe, as minhas desconfianças de que algo sério estava ocorrendo se tornaram ainda mais convictas.

— Em algum momento ela descobrirá, sabe muito bem como é a sua filha — frisou com veemência.

Apesar desses anos distantes, Jun ainda me conhecia muito bem. Sem me aguentar mais, empurrei a porta de vidro, revelando a minha presença, e ambos me olharam assustados, pois não esperavam que eu os ouvisse.

— O que não quer eu saiba, mãe? — Recostei-me contra o portal da porta, olhando-a firmemente enquanto aguardava uma resposta.

Jun deu um longo suspiro e coçou a nuca.

— Vou deixá-las conversarem. Estarei na cozinha — avisou, olhando para a minha mãe, que assentiu, e logo saiu.

Dona Jane, que estava sentada atrás da sua mesa, pediu que eu me sentasse. Fechei a porta atrás de mim e fiz como solicitou. Nos encaramos por alguns segundos.

— Então, mãe? — incitei.
Fixei toda a minha atenção nela, que desviou seus olhos.

— Antes de dar início a essa conversa, quero deixar claro que, se não falei nada antes, foi justamente por não querer preocupá-la. — Soltou uma baforada de ar.

Um Acordo Com o BAD BOY● Kth&JnkOnde histórias criam vida. Descubra agora