Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
KIM TAEHYUNG
O almoço na casa do meu pai não poderia ter sido melhor. Distraímos bastante entre uma conversa e outra. Se não fosse pela presença do idiota do meu primo, teria sido perfeito, mas sempre tem que ter uma pessoa da família para tornar momentos que eram para serem totalmente especiais um tanto desastrosos.
Ainda não havia me conformado com o fato de ele ter ido atrás da Jennie quando foi ao banheiro. Sabia que ela não tinha me contado tudo o que aquele infeliz falou, até para não causar mais atrito entre nós dois. Suspirei em meio ao caminho, enquanto dirigia, fazendo o percurso para deixá-la em casa com a sua mãe. Olhei-a no banco do carona e encarava fora da janela, como se estivesse pensativa. Sua mãe ora ou outra puxava algum assunto, mas tirando isso, o silêncio ali dentro começou a se tornar sufocante e senti falta da voz dela.
Pouco tempo depois, estacionei em frente ao portão e dona Jane desceu do carro após agradecer o almoço e dizer que tudo havia sido maravilhoso.Fiquei contente por saber que ela gostou e se despediu, entrando em sua residência, deixando-me a sós com sua filha.
— Por que está tão quieta? — perguntei ao tirar o meu cinto e inclinei meu corpo em sua direção, segurando seu rosto entre minhas mãos.
— Nada de mais, apenas pensando. — Sorriu fracamente, e franzi o cenho, estranhando seu comportamento, porque geralmente ela não era assim.
— E posso saber no que está pensando? — insisti, afagando um lado da sua bochecha.
Jennie ficou muda por alguns segundos e tornou-se cabisbaixa. Sustentei seu queixo e nada me preparou para ver seus olhos cheios de lágrimas não derramadas.
— Conversa comigo, hum? Fala-me o que te deixou assim — exigi.
Vi comprimir seus lábios e lágrimas deixaram seus olhos, molhando suas bochechas.
— Só estava pensando se… algum dia os homens deixarão de enxergar as mulheres apenas como um bom pedaço de carne — externou, soltando um riso abafado, e passou as costas das suas mãos no rosto, tirando a umidade das suas lágrimas.
— Por que está falando isso? — inquiri, já desconfiando do que poderia ter acontecido para ela estar com aquele tipo de dúvida
— Jennie… — chamei sua atenção.
— O Chan ontem disse que você só estava me defendendo por estarmos “transando” e hoje… o kai foi bem enfático quanto a isso também, mas deixa pra lá. Eu nem deveria estar tão entristecida, até mesmo por saber do meu devido valor, só que tem vezes que, mesmo nos fazendo de forte, não quer dizer que certas palavras não nos firam profundamente. — Pude sentir o impacto do que disse e trinquei o maxilar, firmando meu olhar no seu.
— Me fala exatamente o que o merda do Kai disse. — Beijei a ponta do seu nariz, tentando fazer com que sua tristeza se dissipasse aos poucos. Jennie fungou e soltou a respiração pesadamente.
